quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tudo por causa da Torre de Babel!


Na ronda dos blogues…

Vou tomar o bastão do Valdemar lá dos confins da Australásia e desenvolver a minha opinião:
Sobre o que ele escreve em referencia às línguas. Direi que as línguas oriundas do latim são essas três além do português, mais o romeno. Pergunto o que rege o facto de o inglês não ser considerada uma também, quando 60% provém do latim!? Santa misericordiosa tome conta desta porca miséria!
Todas a palavra que na gíria cognominamos de cara; é puro latim na sua derivação, com um ‘twist’ nos sufixos com algumas excepções, claro. Para exemplificar temos: necessi(dade) – necessi(ty); necessá(rio) – necessa(ry). Quanto a meu ver o problema não esta aí, o problema é quando o inglês ou outra língua é aprendida, direi na vida adulta, haverá sempre tendência em pronunciar a palavra de etimologia latina ou como em qualquer língua mãe.
Há nossa maneira, onde pronúncia por vezes está a léguas de distância, o que nos leva, nós latinos, a ter que formular previamente na mente questões e frases para não darmos “barraca”.
O espanhol devido a sons que usam na sua língua, é talvez o candidato mais péssimo à aprendizagem do inglês, que se pode reconhecer logo na primeira palavra inglesa que diga.
Italiano tem um falar com uma certa entoação trazida do seu dialecto que se vê logo à milha quem fala, na escrita o italiano tem letras repetidas como ninguém ex., Paccinninni que é nome de pessoa. Puro exagero!
Francês, detesto-o pelo excesso dos ‘erres’ e sua forma como os ‘esses’ do plural são mudos e, a integração do som duma palavra faz parte da que a segue! O latino deles só se denota aqui e além… Leva muito a desejar!
Contudo, como já disse antes num comentário, um chinês entre outras não latinas, ao prender dentro das mesmas condições, a pronúncia é má mas a gramática é correcta porque é para eles uma língua nova. Por isso o que aprendem é independente das influências da sua língua materna.
A melhor, amigos, é esta: os açorianos são do melhor que há para aprender o inglês no que respeita à pronúncia!
Falo assim porque, como imigrante que sou e, porque o Canadá é multicultural, lidamos com povos de todo o mundo.
Valdemar, quanto à palavra celebre a que te referes; aprendia-a nos bairros de Lisboa que era usada para que as meninas acabassem rápido com o cliente que estavam a servir no momento - porque já havia bicha à espera…
Curiosamente, porque a moral vivia lá ainda, vejam lá, numa casa dessas , havia o letreiro na parede a lembrar que ali era só ao NATURAL, lembram-se?
Como seria esse dístico nos dias de hoje se as tais casinhas do pecado ainda existissem, seria por exemplo – "AQUI NADA AO NATURAL…!?"
Por isso dêem-me MÚSICA… dêem-me o PORTUGUÊS… Dêem-me PORTUGAL

Love it!

2 comentários:

Valdemar disse...

Completamente de acordo contigo Artur Sousa. Há uma grande percentagem da língua inglesa que tem as suas raízes no latim, porém como "os pommies" resolveram andar sempre com o adjectivo antes do substantivo torna a vida difícil para quem o queira aprender... pessoalmente e devido a circunstâncias da vida falo 3 línguas+1 dialecto mas atenção... em nenhuma tenho o mestrado!... Sendo-me agora mais que evidente que quem quizer aprender uma língua qualquer tem que obrigatóriamente que saber a sua... a materna! O que infelizmente é o caso de muitos dos nossos emigrantes... Evidente também o facto de se tornar impossivel para um já adulto vêr-se livre da pronúncia... O que não quer dizer que não saiba verdadeiramente a língua em questão!... Como curiosidade a maioria da nossa comunidade deste país é de origem madeirense e está radicada em Petersham-Sydney, também há portugueses em Melbourne, Brisbane, Darwin e Fremantle onde estes últimos têem o monópolio das pescas... Trabalhei vários anos com 2 madeirenses que chegaram aqui com 7/8 anos. Uma vez foram à Madeira e compraram música pimba. Perguntei-lhes se compreendiam a lêtra... Not really... But we like it!
Valdemar Alves

Tintinaine disse...

Não tenho tido muito tempo para os comentários, mas isso não significa que não tenha lido tudo o que escreveram e com a máxima atenção. Tudo o que tem a ver com línguas interessa-me sobremaneira. E estou plenamente de acordo com a afirmação do Valdemar sobre a necessidade de se conhecer muito bem a língua materna para conseguir aprender bem uma língua estrangeira. Sem isso o resultado nunca será famoso.