quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mesmo, mesmo, mesmo… de abalada

Férias na Santa Terrinha!

Pois é amigos, cá o rapaz, depois dum ano de tanto vergar a mola, também tem o direito a umas férias rejuvenescedoras aí mesmo na Quinta de todos nós!

Por umas quatro semanitas vou estar arredado destas aventuras ‘bloguistas’, Se acaso, algum e todos vós, quiserem estar cá com o ‘escola’, nada mais fácil do que participarem na festinha da 8, no dia 2 de Outubro em Pombal. E a partir daí logo se combinará futuros eventos para os que possam estar interessados. Melhor do que isto só na farmácia como se diz na minha terra.

O ano passado tive a oportunidade de estar Com o Carlos, Rafael, Hipólito, Verde, Jordão, Licínio, salema, Luís Vieira, Sargento Vitorino, João Camarada e o Luís Oliveira do Porta da Capitania, sem esquecer as esposas da maior parte dos escolas, cujo nome não menciono porque não sei. Se ao acaso me esqueci de mencionar alguém, que me perdoe que não foi intencional.

E a partir de Sábado, 18 do corrente está tudo fechado para férias, pode ser que depois do regresso com as baterias carregadas os blogues não fiquem por aí aos caídos como tem acontecido ultimamente, no entanto teimo mas não aposto como dizia a minha e vossas avós.

Saúde a todos, com um até breve físico ou virtual.

...oOo...
Vivo além no meu casebre
Onde cheira a rosmaninho
Onde nasceram meus pais
E os rouxinóis fazem ninho
Quando o sol nasce no outeiro
Cheio doiro e alegria
Vem ter logo ao meu telhado
Para me dar os bons dias
Eu não troco o meu casebre
Por um palácio dourado
Que não cheira a rosmaninho
Nem tem ninhos no telhado

...oOo...
Este é o blogue do Timoneiro
Que nos anima e dá alento
Não fosse ele um bom parceiro
Não viria à tona bom talento
Mantêm-nos no activo
Num positivismo constante
Dum carácter altivo
Duma amizade irradiante

É ele o gigante impulsionador
Com conhecimentos a rodos
Tudo o que sabe, como tutor
Vai compartilhando com todos

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O Escola de Fuzileiros
É o blogue de todos nós
Comentem parceiros
Não o deixem a sós

Muita tralha já lá está
Com peripécias à mistura
Escreve historieta para lá
Que publicada muito dura

Muitos anos na Briosa
Dignos de serem lembrados
Não fosse ela Garbosa
Duma craveira Majestosa
Dos mais belos Predicados


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Por fim o meu abandonado
Para vos dizer: estou vivo
Lá porque não é engraçado
Serve para divertir um bocado
E ao mesmo tempo estar contigo

Como já disse o tempo é pouco
E o talento é amargurado
Penso-me no entanto, não louco
Ao alimentar o bicharoco
Melhor assim do que estar borrado

Três quintilhas para animar
O forrobodó cá da gente
Não importa se não gostar
Cá por mim não é de ralar
O que importa é estar contente

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ALZHEIMER rsrsrssss‏...


EXERCITE A SUA MEMÓRIA QUANDO JÁ TIVER
NA TERCEIRA IDADE - RECORDAR É VIVER !


...oOo...
Foto tirada no "Senior Center" em Boca Raton, Flórida, EEUU.
O curso era: "Como prevenir o Alzheimer".
O projeto do dia era: Mantenha a sua cabeça trabalhando.
Tente criar alguma coisa através da memória.
Faça algo que lhe traga boas lembranças!

Parar é morrer.
É algo que não presta!
Recordar é reviver...
A alegria e o prazer;
Na maré que havia festa!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

Por Clara Ferreira Alves

Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante a sua longa carreira política.
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo em Paris.
A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma "brilhante" que se viu, o processo de descolonização.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.
A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.
A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.
A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os "dossiers".
A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.
A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.
A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com "testas de ferro" no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.
A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.
A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume no caso Emaudio e no caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.
A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "Contos Proibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume às "ligações perigosas" com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).
A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França - 21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 mil quilómetros).
A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.
A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da República Portuguesa.
A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da República.
A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e Campo Grande.
A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da República, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.
A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente no incêndio dos Paços do Concelho.
A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a cinco milhões de Euros.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de dois milhões e meio de Euros, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.
A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na. Fundação Mário Soares.
A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.
A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era claro está... João Soares.
A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do "Público", José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.
A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.
A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates "o pior do guterrismo" e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.
A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.
A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.
A lucidez que lhe permitiu ler os artigos "O Polvo" de Joaquim Vieira na "Grande Reportagem", baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.
No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai... e não volta mais.

Tags: mgoncalves

sábado, 11 de setembro de 2010

O Doutor Omnisciente e Camões!

Camões, rogai por nós!
Por Manuel Luciano da Silva, Médico


Camões, no teu imortal poema, “Os Lusíadas”, composto por dez cantos, somando 1102 estrofes (de 8 versos cada ) num total de 8816 versos, dedicaste APENAS UM VERSO AOS PORTUGUESES DA AMÉRICA!

Camões, não te parece que isso foi mesmo a menosprezar-nos? Não acreditas? Vejamos no teu Sétimo Canto a estrofe número 14:

Mas em tanto que cegos e sedentos
Andais de vosso sangue, ó gente insana,
Não faltarão cristãos atrevimentos
Nesta pequena casa lusitana:
De África tem marítimos assentos;
É na Ásia mais que todas soberana;
Na quarta parte nova os campos ara;
E se mais mundo houvera lá chegara!

Camões, é assim que descreveste em prosa os portugueses espalhados pelo mundo:

Mas ó insana (alucinada) gente: enquanto andais assim cegos e sedentos (sequiosos) do vosso (próprio) sangue (como é o de irmãos), não hão de faltar arrojos cristãos nessa pequena casa (pequeno reino) português: Tem Portugal de África (em África) assentos (colónias) marítimas; é na Ásia mais soberano do que todos; na nova e quarta parte do mundo (na América) cultiva os campos; e, se mais mundo houvesse, lá chegariam (os seus soldados e navegadores.)

O mundo de então estava dividido em quatro partes: Europa, África, Ásia e no novo continente da América. América era a parte que MENOS interessava a Portugal!

Camões, se entre 8816 versos, dedicaste APENAS UM aos portugueses da América, isso foi como um PROGNÓSTICO do DESPREZO que os Reis e Rainhas de Portugal assim como os Governantes durante um século da República Portuguesa têm dedicado aos emigrantes portugueses nos Estados Unidos e Canadá! Qual é a categoria em que nos têm classificado? Zero? Não! De tolos!!! Porquê? Porque os emigrantes no Canadá e nos Estados Unidos ainda estão a mandar para Mãe Pátria MAIS DE UM MILHÃO DE DÓLARES POR DIA! As remessas que os emigrantes portugueses espalhados pelas quatro partidas do mundo, ainda estão a mandar POR ANO para Portugal é muito maior do que as verbas que Portugal recebe da União Europeia!
Roga por nós!
Camões, “se lá no assento etéreo onde subiste” – no dia 10 de Junho de 1580 – “e a tua memória te consente” do único verso que escreveste a nosso respeito (luso-americanos), ROGA A DEUS que nos dê melhor sorte e aos nossos descendentes do que aquela que os Governantes de Portugal nos têm dado até agora. Se conseguires esse milagre ficarás remido do pecado que cometeste para connosco! Ámen!

Nota minha: http://www.dightonrock.com/ Esta é a hiperligação do “site” dum Grande Senhor, o mais patriota que a Mãe-Pátria, que como filho, tem a honra de possuir! De nome: Dr. Manuel Luciano da Silva!
Não me canso de visitar o site deste humilde mas omnisciente Senhor.
Como patriota que também me quero e sinto, leio e releio os seus artigos de pesquisas, as quais vem elaborando há mais de quatro décadas, nas terras dos Corte reais, sobre a audaciosa epopeia do Sangue Luso! Os meus ensejos vão para que alguém com dignidade e responsabilidade saiba um dia, segurar e repassar tão valioso bastão!...

Bem-haja Dr. Luciano

ADVOGADOS X ADVOGADOS

História real e que ganhou o primeiro lugar
no Criminal Lawyers Award Contest.


Um advogado de Charlotte, NC, comprou uma caixa de charutos muito raros e muito caros.
Tão raros e caros que os colocou no seguro, contra fogo, entre outras coisas.
Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado entrou com um registro de sinistro contra a companhia de seguros.
Nesse registo, o advogado alegou que os charutos haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios'.
A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: que o homem havia consumido seus charutos da maneira usual. O advogado processou a companhia...
E GANHOU !!!

Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia de seguros que a acção era frívola.
Apesar disso, o juiz alegou que o advogado 'tinha posse de uma apólice da companhia na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis e, também, que eles estavam segurados contra fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável' e que, portanto, ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou US$ 15.000,00 ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos incêndios.

AGORA A MELHOR PARTE:
Depois que o advogado embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou, e fez com que ele fosse preso, por 24 incêndios criminosos !!!
Usando seu próprio registo de sinistro e seu testemunho do caso anterior contra ele, o advogado foi condenado por incendiar intencionalmente propriedade segurada e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de US$ 24.000,00.

MORAL DA HISTÓRIA
Cuidado com o que você faz! A outra parte também pode ter um advogado:
melhor e mais esperto!

Como um prisma uma história tem muitas faces...

Nota minha: No meu parecer, José de Viseu, octogenário, homem de garra, escreve ao expressar o que lhe vai na alma a forma “abadalhocada” como trataram o seleccionador nacional, mais um a juntar aos passados, não é dum povo, que sempre teve soldados e marinheiros como corajosos heróis e valentes patriotas!... Quando os governantes a todos os níveis, nunca passaram da cepa-torta! Assim não! Assim nunca... por nunca ser… lá chegaremos.
…oOo…
 
Ninguém é culpado de coisa nenhuma. Desde o Presidente da FPF até ao Secretário de Estado dos Desportos, todos são inocentes. Uma bandalheira nunca vem só. Em primeiro lugar a uma presumível falta do Seleccionador Nacional, aguarda-se o final do Campeonato do Mundo para então se não se obtiver um bom resultado, mesmo afirmando o Presidente da FPF que foram cumpridos os pressupostos mínimos por Carlos Queiroz, para "calmamente" se atirar o homem às feras. E como se verificou a bandalheira continuou com o Secretário de Estado a imiscuir-se em jogadas de esquerda, como aliás é habitual com os actuais governantes, para se castigar não só um excelente técnico, como a própria Selecção Nacional, deixando-a ao abandono como se fosse um clube de terceira categoria. Depois para se furtarem ao pagamento do que é devido ao Seleccionador, despede-se como se fosse de "justa causa", uma arbitrariedade inconcebível e que demonstra bem como os homens são, eles sim, desajustados aos lugares que ocupam no Desporto e na sociedade portuguesa. Mal avisado andou Carlos Queiroz ao aceitar o cargo de seleccionador de um País cujos dirigentes se vendem por dá cá aquela palha e se comportam como tratantes, deixando o emprego que tinha em Inglaterra, onde é bem visto e aonde os amigos não o esquecem. Por isso eu aqui estou a dizer a Carlos Queiroz que tem a seu lado a grande maioria dos Clubes Nacionais, os desportistas em geral e dirigentes desses clubes que o defenderam num processo que muito mal diz da classe e dos dirigentes dos principais Órgãos do desporto nacional. Assim não, meus senhores. Os senhores em vez de estarem à frente da coisa desportiva, deviam estar no campo a abrir valas para aí enterrarem toda a porcaria que vos sai das entranhas.

José de Viseu

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Obesidade Mental - Andrew Oitke

<< Para ponderarmos>>


O Prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hambúrgueres do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: «O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam era mau e Mandela é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.»

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Edição ESPECIAL - PLAYBOY PORTUGAL - XXX

EDIÇÃO ESPECIAL - PLAYBOY em PORTUGAL
Erro! Nome de ficheiro não especificado.


NÃO ME DIGAS QUE ESTAVAS À ESPERA DA PROFESSORA DE MIRANDELA... CONTENTA-TE COM A SOCRETINA!

A RAÇA DO ALENTEJANO


Como é um alentejano?
É, assim, a modos que atravessado!
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho...
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.
Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.
O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.
Não é fácil fazer um alentejano. Por isso, há tão poucos.
É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus: nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.
Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que «as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar»
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso...