terça-feira, 26 de abril de 2011

Carta Aberta ao Estado

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Esta carta é dirigida a todos os responsáveis políticos do Estado português, nomeadamente ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, ao Governo, aos Líderes Partidários, ao Parlamento, aos Autarcas e aos Directores-Gerais de todas as Instituições Públicas.

Escrevo, na qualidade de cidadão e contribuinte português. Venho reclamar aos decisores políticos nacionais, para que sejam mais honestos, mais empenhados, mais atentos à realidade do país e que se preocupem em dar um rumo a esta nação. O Estado deve servir o país e não servir-se do país.

Estou consciente da crescente crise socioeconómica, mas verifico que os recursos humanos, materiais e financeiros estão subaproveitados em Portugal. Neste país, não há falta de dinheiro, há sim recursos muito mal distribuídos.

Não venho acusar o Governo que caiu. Constato que, desde a entrada de Portugal para a Comunidade Económica Europeia (CEE), Portugal tem desperdiçado os fundos comunitários, por ausência de planos rigorosos e de uma fiscalização presente e séria. No entanto, constato também que os últimos Governos são os que mais têm contribuído para o empobrecimento, o desemprego, a falência de empresas e os desequilíbrios sociais.
Quando Portugal entrou para a CEE, qualquer cidadão com dez ovelhas, ou um hectare de terra, tinha direito a um subsídio. Foi mal gasto muito dinheiro e não foram criadas estruturas sustentáveis, com futuro a médio prazo.
O objectivo dos Governos, na actual União Europeia, não é negociar boas cotas de mercado, mas sim conseguir mais subsídios e financiamentos. Em vez de se fomentar uma cultura de empreendedorismo, tem-se alimentado uma cultura de subsidiariedade.

Durão Barroso foi reeleito Presidente da Comissão Europeia e Portugal conduziu a Europa à assinatura do Tratado de Lisboa. No entanto, não sabemos defender os nossos interesses.
A Europa será forte, quando os todos países membros alcançarem o seu melhor potencial.
Como um dos países com maior área de influência marítima, Portugal tem uma fraca frota pesqueira e poucos recursos de vigilância em alto mar. O Estado dá alguns subsídios para comprar canas de pesca, mas não verifica se foram compradas, não ensina a pescar de acordo com a lei e não sabe negociar as cotas internacionais de pescado.
Somos o país com melhor Sol, mas temos uma agricultura decadente e chegamos a perder subsídios, por não apresentar candidaturas a tempo. Portugal tem um enorme potencial na pesca, na agricultura, nos lacticínios, no calçado, nas energias alternativas, nos componentes para a indústria, na comunicação e no turismo, entre muitos outros.

A globalização, a publicidade e o acesso à informação, têm criado uma sociedade irresponsavelmente consumista. Estamos mais informados, mas temos menos conhecimento. Não prescindimos dos últimos modelos de tecnologia, mas prescindimos de ter mais filhos. Há que voltar a implantar os valores familiares, evitar os excessos consumistas e não cair na tentação do facilitismo dos créditos privados.

Há uma crise de valores cada vez mais acentuada. A Europa afasta-se das suas raízes cristãs e dos respectivos valores, éticos e morais, Portugal incluído. O último Primeiro-Ministro é uma pessoa de pouca fé, sem visão e sem família a seu lado. Preocupa-se com a valorização da sua imagem e não com esta geração e com a seguinte. Nunca os valores da família foram tão destruídos e abalados, como no Governo do suposto engenheiro José Sócrates. Há necessidade de uma melhor educação e de acções de sensibilização que estabeleçam bases de uma nova geração. Há que ensinar a pensar.

A prioridade de muitas famílias é manter a imagem e o nível de vida, em detrimento de ter um, ou dois filhos. A Segurança Social deixou à muito de ser auto-sustentável. O Índice de Fertilidade dos portugueses é de cerca de 1,1, o que significa que a cada geração (25 anos) a nova população portuguesa decresce quase 50%. Serão os povos imigrantes, vindos de países com mais opressão e menos condições, que vão substituir o povo português! Há que insistir nos valores da família, nos relacionamentos e no convívio saudável. Frequentar espaços com a família e os amigos, ir para fora cá dentro, fortalece os portugueses e a economia nacional.

Os últimos Governos têm estado a matar Portugal: a nova lei da interrupção voluntária da gravidez já permitiu que fossem realizados mais de 63 mil abortos desde 2007; foi criada a lei do Testamento Vital que permite a uma pessoa, sem perspectivas de futuro, negar a utilização de máquinas de possam prolongar a sua vida; tem sido realizada a centralização dos Serviços de Saúde, fechando maternidades e centros de atendimento permanente. Nesta instabilidade financeira, foram reduzidos os apoios através do Abono de Família.

Os últimos Governos têm estado a roubar Portugal. Recentemente, o jornal “Diário de Notícias” fez um levantamento e concluiu que temos 13740 organismos públicos, dos quais só 1724 apresentam contas e apenas 418 são fiscalizados. As derrapagens e os desperdícios são aos milhões. O jornal “Correio da Manhã” lançou uma petição para riação de uma lei contra o enriquecimento ilícito. O Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, afirmou que o financiamento dos partidos assenta em étodos ilícitos, o que todos sabemos, mas nunca houve interesse em provar.

Os últimos Governos têm estado a destruir Portugal. Temos uma frota pesqueira decadente. Temos uma barragem no Alqueva, mas temos o Alentejo a secar no Verão. A visão de crescimento económico do Governo é lançar uma obra de mil milhões, em vez de mil obras de um milhão. Talvez venhamos a ter TGV e um novo aeroporto em Alcochete, mas os desequilíbrios sociais e económicos poderão ser cada vez maiores. Nunca houve tantas falências e empresas a fechar. Os Serviços Públicos de Saúde, Educação, Justiça e Trabalho são cada vez menos eficientes. Foi elaborado um novo Acordo Ortográfico que vem limar as particularidades, que traduzem a singularidade e a riqueza da língua portuguesa, com as influências dos povos que formaram a cultura lusa.

A actual conjuntura económica permite que as empresas cotadas na bolsa tenham atitudes anti-sociais e de grande injustiça, na busca do lucro fácil. Veja-se o exemplo da “Brisa” que, sem concorrência nas auto-estradas onde é concessionária, dispensou dezenas de trabalhadores das portagens, para os substituir por máquinas. Vejam-se os casos de administradores e presidentes executivos com remunerações imorais! Há que fazer leis que evitem as situações de injustiça flagrante. Sejam aplicados impostos equitativamente.

Os últimos Governos têm estado interessados em manter o poder, alimentando as suas máquinas partidárias, pelo favorecimento a grandes empresas e a amigos do partido. Há bancos com buracos de milhões e dinheiro em offshores.
Não há um projecto coerente e bem fundamentado para este país. Não se fazem estudos de viabilidade a sério. A actual conjuntura económica é global, mas os responsáveis são os actores políticos. Na falta de cortes na despesa pública, deixa-se aumentar o preço dos combustíveis, porque os impostos são proporcionais e enche-se de taxas o consumo de energia. Na ausência de um plano, aumentam-se os impostos. Os encargos sufocam a economia nacional. A hipocrisia dos sistemas financeiros abre espaço para a ditadura dos mercados e agências de rating. Há que investir na economia, para colher frutos.

Todos conhecemos empresas que fecharam. Todos temos amigos, ou familiares que enfrentam o desemprego. Neste momento, há muito portugueses a sofrer, sem dinheiro para pagar as contas e a acumular dívidas. Há situações de grande desespero.

Há que transformar Portugal. Não com extremismos, nem com ideias radicais, mas com a união de todos os portugueses. Acredito que, entre aqueles a quem é dirigida esta carta, há homens de valor, com visão, experiência e varonilidade para mudar Portugal. A sociedade civil deve também exercer os seus deveres de cidadania.

O PEC Man caiu, de barriga cheia. Espero que não venha outro. É possível mudar.
Peço a Deus para que levante o espírito dos portugueses e que nos dê sabedoria e ousadia.

24 de Março de 2011

Mário Carlos Dengues Baleizão

domingo, 24 de abril de 2011

Esfarrapados...!

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Realizou-se no passado dia 17 de Abril o encontro número 9 dos combatentes do ultramar, englobando, como é óbvio, todos os ramos das Forças Armadas; por isso talvez, se deva o facto de conseguirem casas cheias como as fotos atestam. No seu todo encontramos, como convidado de honra vindo de Portugal pela terceira vez o Coronel Faustino Alves Lucas Hilário, mais maçarico do que a maioria dos filhos da escola uma vez que nasceu e m 1946.
Na foto em cima temos a mesa de honra com o coronel a discursar ao centro, cercado de outras individualidades para o evento convidadas; incluindo o Monsenhor Eduardo Resendes, segundo da esquerda, capelao dos Esfarrapados em Angola nos dias da amargura.

Na foto em cima à esquerda, temos o Cônsul-geral de Portugal Dr. Júlio Vilela.  

Nesta foto os três elementos do centro são pai e dois filhos portugueses que estão inseridos num regimento canadiano de tropa escocesa que, como se denota na foto, o uso da saia faz parte do uniforme. Curiosamente, ao conversarmos com a mãe dos mais jovens e esposa do menos jovem, disse-nos que por debaixo daquelas saias não existe mais nada senão aquilo que Deus lhes deu. Bem a direita temos o impulsionador número 2 Bento de São José.     

Vista parcial da sala, com os esfarrapados e suas familias.

Mais umas palavras de apreço do coronel sobre os feitos da boa gente presente, e não só, que sofreu na carne as agruras duma guerra, a qual não teve razão de ser.

Nesta pode-se ver os marujos presentes a complementar o ramalhete dos esfarrapados, incluindo o escriba que já conheceis. O elemento à estrema direita, de nome José Mário, tem sido além de mestre-de-cerimónias, o Senhor número UM destes imbróglios que nos vão tocando a todos.

Nesta temos outro ângulo dos Briosos da Briosa sem o escriba porque se escapuliu da formatura.

Em Honra e Glória dos Esfarrapados

Forma bélica de se comemorar…
O que no além-mar outrora nos calhou.
Enquanto vivos, devemo-nos juntar,
Para desta forma também festejar…
O sentimento que ainda não mudou!

Bem-haja! 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Viva o Colesterol!

Por Manuel Luciano da Silva, Médico
Oferta da Associação Dr. Manuel Luciano da Silva
Cavião, Vale de Cambra, Portugal.

Nos últimos anos, através da imprensa, rádio e televisão, todos nós temos sido bombardeados com ameaças de que o colesterol é uma coisa má, peçonhenta, um veneno que está dentro de nós e que deve ser, custe o que custar, afugentado do nosso corpo como se fosse uma alma negra e excomungada!
O colesterol continua a ser o terror do povo americano e dos nossos imigrantes, desde a costa do Atlântico até ao Pacífico!
Constantemente vemos na televisão advertências: Qual é o seu número? Qual é o seu número de colesterol?
Como se o colesterol fosse um criminoso à revelia, incluído na lista negra dos dez criminosos mais perigosos deste país procurados pela Policia Federal Americana!
Tanta heresia médica!
Hoje estou aqui para proclamar a verdade, para defender o colesterol! Viva o Colesterol!
Sem colesterol não pode haver vida! O colesterol é uma substância essencial à vida porque é o cimento de todas as células do nosso corpo. As paredes ou membranas das células dos nossos nervos e do meu cérebro são feitas de colesterol! Todas as paredes ou membranas das células do meu coração, dos meus músculos, da minha pele, do meu tubo digestivo, dos meus aparelhos: circulatório, respiratório, genital e urinário; dos meus cabelos, todas as células do meu corpo (uma centena de biliões), da cabeça aos pés, são feitas de colesterol!
Mas o colesterol não serve só para fazer paredes ou membranas! O colesterol é a matéria-prima com que todas as nossas células, excepto as do cérebro, são capazes de fabricar, sintetizar outras substâncias essenciais à vida, como hormonas, sais biliares e vitaminas.
Porque é que anda tanta gente a dizer mal do colesterol. Viva o colesterol!
Hormonas e vitaminas
Sabem porque é que eu sou homem? Eu sou homem porque os meus testículos são capazes de produzir, a partir do colesterol, a hormona masculina, chamada testosterona, que me fez e me mantém homem!
Foi à custa da testosterona, sintetizada do colesterol, que eu fui capaz de produzir espermatozóides para poder ser pai de dois rapazes que já são homens!
E anda por ai tanta gente a dizer mal do colesterol! Viva o Colesterol!
É do colesterol que os ovários da minha mulher são capazes de produzir a hormona feminina, chamada estrogénio, que a tornou mulher capaz de produzir ovos (óvulos) para que pudesse ser mãe dos nossos dois filhos!
Foi à custa do colesterol que a minha mulher foi capaz de produzir a hormona progesterona necessária para manter a placenta a funcionar normalmente para ela poder levar as duas gravidezes em boa ordem até ao fim!
É do colesterol que as minhas glândulas supra-renais, duas glândulas que tenho do tamanho de figos, nos pólos superiores dos meus rins e que são capazes de produzir a cortisona, uma hormona essencial à vida evitando que a minha tensão arterial desça até zero e eu estique o pernil!

É a partir do colesterol que as minhas supra-renais são capazes de produzir também a aldosterona, os quitoesteróides, os glucocorticóides, hormonas necessárias para o metabolismo normal dos meus electrólitos e dos meus hidrocarbonados ou açúcares. É à custa do colesterol que as supra-renais produzem igualmente os androgénios para dar a barba aos homens e os estrogénios para amenizar os sintomas da menopausa nas mulheres.
É usando o colesterol que o nosso corpo é capaz de produzir a vitamina D necessária para o metabolismo dos nossos ossos e a Vitamina E, tão boa para a nossa vida sexual!
E anda por aí tanta gente a dizer mal do colesterol! Viva o colesterol!
Sais biliares
É do colesterol que o meu fígado é capaz de produzir os sais biliares que são absolutamente necessários para untar por dentro as minhas tripas e permitir que os meus alimentos deslizem suavemente, doutra maneira eu morreria empachado, entupido, sem poder defecar.
Se eu estendesse o meu intestino delgado e o meu intestino grosso ficaria com uma mangueira do comprimento de trinta pés! Mas se eu abrisse os meus intestinos e espalhasse a sua superfície interna total, ficaria com uma área igual a um campo de ténis dentro da minha barriga! Esta área enorme está sempre coberta com uma camada finíssima de sais biliares – que são fabricados à custa do colesterol no fígado – e que são absolutamente necessários para o movimento intestinal e reabsorção normal dos nossos alimentos.
E anda por aí tanta gente e dizer mal do colesterol! Viva o colesterol!
Não há dúvidas absolutamente nenhumas que o colesterol é uma substância essencial a vida. Sem colesterol não podia haver animais na terra. Sem colesterol não podia haver também um grande número de plantas no nosso planeta.
Sem água não pode haver vida! Mas a água em demasia também mata! Sem açúcar não pode haver vida. Mas o açúcar quando é demasiado no sangue também causa a morte. O sal é uma substância essencial à vida, mas quando se deita de mais na comida também mata por hemorragia cerebral ou por ataque do coração.

As nossas gorduras
Nós temos três tipos diferentes de gorduras no nosso sangue: (1) Gorduras Neutras, chamadas Triglicerídeos, (2) Fosfolipídeos e (3) Colesterol.
Qual é o valor máximo do colesterol que uma pessoa pode ter? Aqui estão os valores das gorduras que existem no nosso sangue:

(1) Colesterol Total; (2) Triglicerídeos; (3) Colesterol Mau e (4) Colesterol Bom.

O Colesterol total deve ser sempre abaixo de 200

Os Triglicerídeos devem ser sempre abaixo de 150

O Colesterol mau de ser sempre abaixo de 100

O Colesterol bom nos homens deve ser mais alto do que 40. O Colesterol bom nas mulheres deve ser mais do que 50.

Mais detalhes:

Colesterol Total abaixo de 200 -> desejável. Entre 200-230 -> meio alto. Acima de 240 -> já alto.

Os Triglicerídeos abaixo de 150 -> desejável. Entre 150-199 -> meio alto. Acima de 200-499 -> já muito alto.

Colesterol mau até 100 -> óptimo. Entre 130-150 -> meio alto. Acima de 160 -> muito alto.

O cano da pia de lavar a louça
Toda a gente sabe que se usa colesterol como termo genérico de gordura. Para compreendermos melhor como é que o colesterol pode estragar a nossa saúde basta imaginarmos o que acontece quando comemos uma refeição cheia de gorduras e depois vamos lavar a louça. A gordura da louça vai agarrar-se por dentro do cano de escoamento da pia de lavar a louça de tal modo que, pouco a pouco, o cano deixa passar cada vez menos água, podendo até entupir completamente com tanta gordura.
É o mesmo que pode acontecer às nossas artérias quando comemos colesterol a mais. A gordura ou colesterol deposita-se, pouco a pouco, dentro das artérias do nosso coração, bloqueando-as – causando ataques do coração – ou dentro das artérias do cérebro – causando trombose cerebral ou apoplexia.
A nossa gente tem por hábito comer muita carne de porco e abusa muito do pingue de porco e da banha de vaca. Donas de casa, chegou a altura de dares p’ra trás.

Colesterol bom e colesterol mau
Convém saber que há duas categorias de colesterol: do bom e do mau.
O colesterol do bom é LÍQUIDO, é o colesterol vegetal de alta densidade, rico em ácidos gordurosos NÃO - saturados.
O colesterol mau é SÓLIDO à temperatura normal como a manteiga, os queijos e as banhas de vaca e de porco e ainda a gema dos ovos. A sua composição é rica em ácidos saturados.
A gordura melhor para a nossa saúde é o azeite português porque é muito rico em ácidos NÃO saturados.
É por isso que o caldo verde português é o melhor prato para a nossa saúde. Muito rico em fibras não reabsorvíveis que faz baixar o colesterol mau, evita a prisão de ventre e até evita o cancro do intestino grosso.

Mensagem médica
Qual é melhor maneira de controlarmos o nosso colesterol?

(1) Seguir à risca as cores da Bandeira de Portugal -- verde, vermelho e banco

(2) Comer à vontade do grupo dos alimentos de cor verde, tais como vegetais, frutas frescas e temperar as saladas com vinagre, azeite e limão.

(3) Comer porções normais dos alimentos vermelhos ou que têm sangue como carne e peixe, com a condição de serem cozidos ou grelhados para perderem a gordura cheia de colesterol

(4) Pôr pouco sal na comida e usar pouco açúcar

(5) Não abusar do pão e dos alimentos com farinha

(6) Reduzir a quantidade da manteiga, dos queijos, do leite completo e dos sorvetes.

(7) Não comer até fartar batatas fritas e arroz assado ou guisado.

(8) Não abusar das nozes, amêndoas ou amendoim que são alimentos ricos e colesterol

(9) Não meter o pão no molho até ele cair pelo queixo abaixo. Não comer mais do que um ovo por dia, pois as gemas são muito ricas em colesterol.

(10) Não abusar das bebidas gasosas que têm muito açúcar, nem beber exageradamente bebidas brancas ou alcoólicas.

Evitar os alimentos de cor brancos!

Viva o azeite português!

Viva o caldo verde!

Viva o colesterol controlado!

Viva o Doutor Luciano da Silva!
 
 



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Rollerskating Babies.

Professora com tomates!

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História verídica ocorrida numa Faculdade do Porto:

Uma professora universitária acabava de dar as últimas orientações aos alunos acerca do exame que ocorreria no dia seguinte.

Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno, com excepção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo.

Um engraçadinho que estava sentado no fundo da sala, perguntou com aquele velho ar de cinismo: 'De entre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por actividade sexual?'
A classe explodiu em gargalhadas, com a professora a aguardar pacientemente que o silêncio fosse estabelecido. Assim que isso aconteceu, ela olhou para o palhaço e respondeu:

'Isso não é um motivo justificado. ' - e continuou serenamente - 'Como o exame será de escolha múltipla, você pode vir para a sala e escrever com a outra mão... Ou se não se puder sentar, pode responder de pé .'

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Compadrio salutar...

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Dois ex-fuzileiros já na reforma, um de Trás-os-Montes e outro do Alentejo que ao se encontrarem, o transmontano é convidado pelo alentejano para passar uns dias no Alentejo em sua casa, ao que o homem do norte concordou.
Logo, ao ver a casa do alentejano o transmontano pergunta:
- Então oh compadre, onde é que eu e a mulher vamos dormir, se só tem um quarto cá em casa?
- Compadri, como vê a cama é grande, agente pode dormir todos nela, nós no meio e elas nos lados.
No outro dia de madrugada, depois de uma noite em branco, o transmontano diz:
- Compadre; quero ir-me embora hoje.
- Então porquê compadri?
- Atão não é que a comadre passou a noite toda a segurar-me a pila?!
- Não foi ela não compadri, fui eu.
- Então porquê compadre?
- Porque é melhor tê-la na mão toda a noite, compadri, do que ter dois palitos na testa no outro dia….

domingo, 17 de abril de 2011

Impressionante sem dúvida, ai se fosse em Portugal...

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Porque razão não estão a ocorrer episódios de pilhagens e vandalismo no Japão?
Enquanto o Japão conta os mortos (quase 17 mil, segundo as últimas  estimativas oficiais) e eleva de quatro para cinco o nível de alerta  nuclear, já a dois níveis do que se atingiu em Chernobyl, um jornalista da CNN, Jack Cafferty, não esconde a surpresa e faz uma pergunta:
«Tendo em conta a escassez de comida e a incrível destruição, incluindo em Tóquio, por que razões não estão a ocorrer episódios de pilhagens e vandalismo no Japão?»
Cafferty estabelece um paralelo com o que sucedeu no seu próprio país depois da passagem devastadora do furacão Katrina e cita um colega, Ed West, do Telegraph.
West escreveu uma crónica na qual se confessava «estupefacto» pela reacção ordeira do povo japonês ao terramoto e ao tsunami, e do sentimento de solidariedade que encontrou um pouco por todo o lado. «As cadeias de supermercado baixaram drasticamente os preços dos produtos assim que ficou clara a dimensão da catástrofe», conta Ed West.
«Vendedores de bebidas começaram a distribui-las gratuitamente, com a justificação de que todos trabalhavam para assegurar a sobrevivência de todos».
Cafferty adianta uma explicação:
Os japoneses possuem um código moral tão elevado que se mantém intacto mesmo nas horas mais sombrias, mesmo quando só existe destruição em redor.
A isto se chama EDUCAÇAO e Respeito... palavras sem significado para muita gente que pensa que só eles têm umbigo…
Esta atitude não é por caridade. É SOLIDARIEDADE

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cai a mentira, ganha Portugal.

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Os verdadeiros socialistas deviam ponderar bem o seu voto nas próximas eleições e aproveitarem para mandarem o pacóvio para a terra assinar projectos de barracas.
Uma certeza podem ter, acabaram-se os tachos porque já acabou o caroço, gastaram-no até aos próximos 40 anos.
Este Primeiro-Ministro não tem competência, não tem carácter, não tem palavra.
É um falso engenheiro pacóvio mentiroso compulsivo Só tem temperamento di capo.
Desgovernou com mentiras sucessivas, a cavalo da propaganda paga com o nosso dinheiro bem com a Imprensa paga que tanto o apoia, como um produto obsoleto do séc. XX.
Atacou, um a um, todos os pilares do Estado de Direito: a independência dos tribunais, a liberdade de imprensa, a separação de poderes, o respeito institucional. Instalou-se no poder espalhando o seu séquito de Varas, Penedos e Ruis Pedros Soares, dos Silvas (Santos e Pereira).
Afundou 40 anos do nosso futuro em parcerias público-privadas com consórcios e empresas onde pululam milhares de amigos e ex-ministros socialistas com vencimentos obscenos.
Passou o mandato de buraco em buraco, sempre a tentar tapar e sempre a tentar esconder, sem estratégia de crescimento ou projecto de país. E deixou-nos na banca rota oculta. Oculta, sim. Porque tudo no país está mais oculto e opaco, porque os números do Governo já não são fiáveis como vai acontecer com a revisão do défice de 2010.
Como se está a descobrir, no que é só o princípio de um buraco que, se descoberto, será maior, e que o Presidente e os partidos pretendem ocultar para evitar males maiores.
Esse altíssimo preço da perda global de credibilidade e soberania - é o que já estamos a pagar e vamos pagar mais ainda. E sai, falso ofendido, com um discurso de vitimização, a acusar os outros da crise que ele próprio criou, urdiu e que nos levou à bancarrota.
Votem em quem quiserem mas nunca votem em Sócrates.
É demasiado mau, sai demasiado caro.
PS: Quando vamos nós, povo simplório, deixar de escrever sobre este ignóbil verme que nos come tudo e não nos deixa nada, incluindo a nossa dignidade?

PS: Livros poderão ser escritos de tudo o que se vem dizendo, há tempos a esta parte, acerca de tão vil personalidade… mas a matéria em si, é de conotação tão negativa, que me leva a dizer: "NÃO VALE A PENA".

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Figurativamente falando…

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Era/é uma vez um enorme motor com muitos cilindros e, dentro deles havia/há, muitos pistões super especiais…!

Claro; para que o motor se mantenha activo e numa máxima performance é imprescindível, que os ditos pistões contribuam pelo menos com o mínimo esforço, de que lhes é requerido.

Dentro desse motor, por ordem do seu design, cada pistão ao se movimentar para cima vai comprimir a mistura do carburante com oxigénio, para que a explosão aconteça.

Esta, uma vez realizada, em contrapartida vai empurrar o pistão para baixo obrigando a cambota a movimentar-se num sentido rotativo, arrastando com ela todos os outros pistões que, logicamente, cada um actua numa sua designada posição dentro do seu respectivo cilindro, de forma unis somática idêntica.

Daí vai resultar a tal força rotativa, que por sua vez se transforma na força motriz necessária para movimentar qualquer tipo de carro, máquina ou navio.

Agora, para que este grande barco (ou não fossemos marujos), não vá ao fundo logo à primeira derrocada: “Os Pistões”, embora às vezes cambaleando à ébrio, hesitando na proeza da navegação, tomando comprimidos para descomprimir, embalando enxaquecas de toda a laia, alimentando destemperos psíquicos, fumegando desmotivações à latino, fomentando heroísmos à Viriato - com choros e ranger de dentes à conta de políticas nefastas - duma sovinice à árabe que os abarca ainda e, também, os usuais sofrimentos das cretinices futebolísticas que avassalam a PÁTRIA LUSA…!?

Carentes, certamente, da força anémica para nos manter na gasosa, na brasa, na vitalidade vital da vida, porém, ainda com um folgo determinante e cheio de boa vontade, possam dizer: - NÓS, QUEREMOS…!

Sim, nós QUEREMOS, porque somos ‘nós’ os “PISTÕES”! Nós, que com VONTADE queremos fazer da carência anémica um estandarte para nos incentivar a continuarmos a combater animicamente e não só, todas estas agruras contemporâneas… de que tanto vamos falando.

São essas “agruras” que às vezes, nos faz chapinhar em excesso no tabuleiro do óleo e “nós outros” a empurrar/puxar para cima para que no ápice do cilindro volte a gritar: ESTOU DE SAÚDE CAMARADAS…!

Na gíria diz-se: “são muitos os chamados, mas poucos os escolhidos”… Não, não vou por aí não…, antes direi: “somos muitos os chamados, mas todos escolhidos”.

Ora aí está o que me vai na alma, certamente que vocês vão sentindo algo idêntico…!? Olhando que, vão aparecendo no “navio dos blogues” para de seguida se embrenharem no limbo do esquecimento…!

Eu falo por mim e digo que, às vezes a disposição pertence ao noctambulismo duma noite escura de coruja…! Porém, na certeza absoluta que melhores dias virão: onde o sol carinhoso será uma constante… uma vez que esse SOL sois alguns de vós, homens de Deus, que estais bem no topo do cilindro do motor que vai levando este BARCO de AMIZADE para um bom porto… até que o Bom Deus o permita. Tudo porque o coração fala bem…!

Ámen!














PS: Mais "PISTÕES" são precisos para que uma navegação mais suave se concretize... fotos são imprescindíveis.

O Silva

O Silva era um alto funcionário da corte do Rei. Há muito tempo, nutria um desejo incontrolável de beijar os
voluptuosos seios da Rainha até se fartar.Todas as vezes que tentou, deu-se mal.
Um dia revelou o seu desejo a Gaio, principal advogado da Corte e pediu que ele fizesse algo para ajudá-lo.
Gaio, depois de muito pensar e estudar o assunto - concordou, sob a condição de Silva lhe pagar mil moedas de ouro.
Silva aceitou o acordo, que não foi formalizado por escrito.
No dia seguinte, Gaio preparou um líquido que causava comichões e derramou-o no soutien da Rainha, enquanto esta tomava banho.
Logo a comichão começou e aumentou de intensidade, deixando o Rei  preocupado e a Rainha desesperada.
A Corte fazia consultas a médicos, quando Gaio disse que apenas uma saliva especial, se aplicada por quatro horas, curaria o mal. Gaio também disse que essa saliva só poderia ser encontrada na boca do Silva.
O Rei ficou muito feliz e então chamou o Silva que, pelas quatro horas seguintes, se fartou de gozar, beijando à vontade as suculentas e deliciosas mamas da Rainha.
Lambendo, mordendo, apertando e passando a mão, ele fez finalmente o que sempre desejou.
Satisfeito, encontrou-se no dia seguinte com o advogado Gaio. Com o seu desejo plenamente realizado e a sua libido satisfeita, Silva recusou-se a pagar ao advogado Gaio.
Silva sabia que, naturalmente, Gaio nunca poderia contar o facto ao Rei.
Mas Silva subestimou o advogado. No dia seguinte, Gaio colocou o mesmo líquido nas cuecas do Rei e ...

o Rei mandou chamar o Silva...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Artigo de Pedro Afonso - Médico psiquiatra

Grande artigo o que se segue. Leitura obrigatória.

Não é todos os dias que nos deparamos na imprensa com um rasgo de lucidez. Pena que sejam poucos os que vejam as coisas assim.... enfim, como elas são!
Podem ler porque não vão perder o vosso tempo.
A saúde mental dos portugueses.
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Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no Público, 2010-06-21

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me commulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejada de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais. E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso

Médico psiquiatra

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Toma lá e embrulha

Exmo. Senhor Ricardo Pereira,

Li ontem, com toda a atenção, o artigo que escreveu na última edição da "Visão". Versa o excelso artigo produzido sobre o tema que agora está na moda: Quais os Portugueses que mais se evidenciaram ao longo da nossa história. Ensaia V. Exa. ao longo do mesmo artigo um conjunto de afirmações sobre Oliveira Salazar: Começa por afirmar a sua admiração pela sua inclusão na famosa "Lista", compara-o a Adolfo Hitler e termina, afirmando, que se Salazar ganhasse o concurso seria a primeira vez que teria ganho umas eleições democraticamente.

Perante o estilo leviano do artigo e a piadinha fácil, não me surpreende a comparação com A. Hitler. Surpreende-me, isso sim, que se tenha esquecido do óbvio. O tal Adolfo foi eleito democraticamente na Alemanha. E democraticamente eleito conquistou quase toda a Europa e democraticamente eleito ordenou o holocausto. Numa guerra onde morreram milhões e milhões de Europeus. Conclusão óbvia: As eleições, mesmo as "democráticas" valem o que valem. Nesta guerra não morreram Portugueses em combate.

Sabe o Exmo. Senhor a quem deve tal feito: Pois é! Ao tal que não foi democraticamente eleito.

• Sabe o Exmo. Senhor os esforços diplomáticos que foram feitos para evitar a entrada de Portugal na Guerra?

• Sabe quem gizou diariamente a estratégia? Sabe os riscos que corremos? As pressões que sofremos?

• Estimará quantos mortos morreriam se tivéssemos entrado briosamente no conflito? Muitos de nós hoje não estaríamos cá, pois os nossos pais ou avós teriam certamente tombado em combate!

• Sabe o estado em que Salazar herdou o país após a espantosa 1ª República, que é tanto admirada pela família Soares? Eleito democraticamente claro está!

• Sabe a que estado de miséria chegou o povo que em 1928 abominava os partidos políticos, os quais os considerava os criminosos responsáveis pelo estado de ruína a que o país se encontrava.

• Sabe quem delineou, pela primeira vez, a viragem para a actual U.E.?

Pois é: O tal que não foi democraticamente eleito. Vá verificar, caro amigo. Leia. Sabe quem nunca fez obra? O que mandou construir a Ponte sobre o Tejo, a barragem de Castelo de Bode, o Aeroporto da Portela. Sabe quem nunca abandonou 1 milhão de Portugueses nas ex-colónias à sua sorte/morte? Pois é, pois é. Fácil foi fazer como se fez a seguir ao 25 de Abril. Fugir é sempre fácil. Além de ser próprio dos fracos. Sabe quem morreu na miséria, tendo servido a causa pública sem receber uma atenção, uma recompensa, um prémio, uma benesse, uma jóia, um diamante? Sabe quem foi íntegro no exercício do poder? Pois é, pois é. Se V. Exa. tem dúvida que Salazar ganharia todas as eleições durante o período que esteve no poder, está muitíssimo mal informado. Leia. Estude sobre a época. Que era alérgico a elas. Sem dúvida. E com razão, a meu ver. Estude a 1ª República. Os governos que se sucederam. O desgoverno que se atingiu. Vem daí a alergia. E quanto à censura: Pois. E a informação que temos hoje? Eu prefiro a censura. Evitaria ter de ler, por exemplo, o que tão infantilmente escreveu. Numa palavra: Não escreva sobre o que não sabe. E ainda tem uma surpresa. Num país infestado pela corrupção, pela mediocridade e pela ambição desmedida pelo poder na busca da corrupção, eu voto no Salazar. E não serei o único. Garanto-lhe.

Cumprimentos do,

Pedro Mota

PS: Não tenho 100 anos. Tenho 43. Não vivi no tempo da "maldita" Ditadura. Ao invés, li e estudei muito sobre ela. Não me atrevo a sugerir tal. A ignorância neste país é desmedida. Não fuja, pois, à regra.



A pobreza também gratifica


Bem no coração da aldeia e, no lusco-fusco de um dia novo que estava a despontar ouvia-se, ocasionalmente, o guinchar doloroso mas breve dum bácoro que eventualmente iria alegrar a casa dum vizinho pobre…
Festa do pobre, lá para os idos anos da década de 50 era, a simples mas concisa rotina de se abater tão inteligentíssimo animal que, estava sempre a par do que se ia passando à sua volta; sabendo de imediato o destino derradeiro, o qual marca a hora, que o estava esperando.
Num daqueles dias, entre muitos, era o avô materno Joaquim Ribeiro, como era conhecido lá na aldeia, o perito executor de tão macabra tarefa mas, graciosamente, com resultados tão festivos para a família e não só.
O avô Ribeiro, homem de respeito, de semblante imparcial onde não se denotava muitas expressões, de carácter forte, mas dum coração grandioso para com os netos, família e amigos…
Senhor que executava as matanças com uma precisão matemática de cirurgião, e que para tal precisava de um ajudante para segurar o bicharoco pelo rabo e depois pelas pernas de trás logo estivesse o bicho de papo para o ar e, o avô de joelho na goela. De imediato introduzia o “cebolão” – um ferro com ponta aguçada e com uma grande argola para servir como pega do outro lado – entre as mãos do animal, direitinho ao coração que o guinchar desvanecia-se num zás.
A partir daí, processava-se a faina da limpeza da pele; iniciando-se com o chamuscar/queimar de tudo o que era cabelo e, logo de seguida, complementava-se com uma lavagem e raspagem completa, também por tudo o que era corpo do bicho…
Dependurava-se, ainda quente numa viga, puxado por um cabrestante apropriado para tal lide. Sendo de imediato rasgado de cima a baixo, expondo os tais órgãos a que o povo tão sabiamente diz: “Se queres ver o teu corpo mata o teu porco”, encontrando-se já por debaixo da cabeça um alguidar para o aproveitamento do insubstituível sangue para as tão famosas e deliciosas morcelas à moda beirã…!
Logo que o sangue era colhido e as tripas lavadas no rio, havia que começar-se a fazer as morcelas, e nós, os catraios da casa, na rotina do costume, lá íamos aldeia a cima, contentes, distribuindo pelas famílias mais pobres, com os tachos a fumegar nas nossas mãos, as “famosas e deliciosas morcelas” com o caldinho dentro…
Claro que, na nossa inocência, e, sempre na expectativa de que a pobre matriarca, dona da casa, dissesse para se esperar um pouco enquanto rebuscava uns magros cobres para nos pôr um sorriso na cara!
Contentes, sem que a nossa mãe soubesse a razão, sempre prontinhos para continuarmos; perguntando de imediato para quem era agora…? Lembro-me bem ainda, quando me disse para levar às Laúdas. A mãe, franzininha para aí nos seus frágeis 50 anos de idade, vivia com uma filha rondando os trinta, que deformada, caminhava corcunda onde o sofrimento dum corpo que ia sofredoramente vegetando, a obrigava na sua caminhada, a parar para descansar de dez em dez metros!
Vivencias pobres, sem no entanto deixarem de ser ricas de espírito, porque sempre souberam aceitar a realidade dura das suas vidas, uma vez que nunca se lamuriavam, talvez se devesse isso ao facto de não terem conhecido cruzes mais leves… seria?

Que felizardos nós somos…!