sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Caçadas em Metangula II


Por Artur/Leiria (15683)

Vamos a elas! Anos belos!... Anos belos!... Com certeza que muitos de vós, Escolinhas, se devem lembrar daquele Sargento Artífice Condutor de Máquinas na capitania, alto, magrinho (mais ou menos como o Carlos era na altura), só que, caramba, o Carlos era mais bonitão!

Este SARGE (como os americanos dizem) era mesmo maluquinho pela caça! Não quero dizer que o Leiria não o fosse e é, também!?

Noites sem conta, lá íamos de espingarda às costas, à procura dos porcos-bravos pretos (tipo javali) para as áreas dos campos de milho situadas do outro lado da baía, só que a nossa sorte, por já alguns dias, ia fazendo parte do dia que há-de vir.

Mais tarde, venho a saber que a razão porque os bicharocos não apareciam era porque o nosso SARGE, era um fumador de primeira, e estes bichos são/eram alérgicos ao fumo, mesmo a quilómetros de distância, a qual o SARGE de maneira nenhuma poderia aceitar como acertada teoria.
Todavia, se não fosse a maluquice pela caça, isto teria sido bem ou mal de pouca dura... Certa noite, levamos connosco, penso, o Parreira (alentejano) a quem, como doença que rói, estava a ficar também com o vício do gatilho.

Por sinal nessa bendita noite, estava eu e o Sarjolas (p m) sentados na borda de um dos lados da palhota, construídas a uns 2 metros do chão, para os “machambeiros” pretos secarem e protegerem os milhos dos nossos pretendidos bichos.
Conversávamos baixinho; gozando o ambiente espiritual próprio de caçador, numa noite resplandecente de luar com o Parreira sentado também, mas a sós, na outra face da palhota.

Estávamos nós, super descontraídos, quando inesperadamente, atravessam, trotando majestosamente, dois enormes bichos mesmo ali à nossa frente, que nem sequer tivemos tempo para pegar nas espingardas?!

Contudo, o compincha Parreira, estava mais do que atento, do outro lado da palhota, cheio de entusiasmo talvez, pela nova aventura que se ia desenrolando aos seus olhos?! Manda-lhe dois fogachos, os quais levantaram uma nuvem de poeira mesmo por detrás deles, que, se estes falassem, teriam dito: “abre…, pernas para que te quero…?”

Já se vê que, ainda hoje sempre que me lembro, dá-me para rir! Direi até, chorar de rir!...

Simplesmente: “Um relembrar vivo duma tão saudosa vivência!”


A unha comprida do dedo mindinho - ARMANDO VARA

...ooo...o0o...ooo...

Este, é o mais refinado exemplo da corja que invade este país.

Enquanto este tipo de gente andar por aí… protegido por um primeiro-ministro da mesma laia, o futuro do país está irremediavelmente comprometido.

Por José Couto Nogueira/Publicado no Blogue “PERPLEXO”/Domingo, 20 de Fevereiro de 2011

Corria o ano de 2004 (por aí) estava eu a ver o noticiário na televisão e apareceu-me um tipo de blazer e cabelo à pato bravo que quer parecer queque, com a legenda em rodapé: Ministro da Juventude e Desporto. “Deve ter sido futebolista, ou jogador de basquete, ou qualquer coisa assim na área do desporto” pensei eu. Mas aí reparei que o dito senhor tinha a unha do dedo mindinho comprida. E reparei porque ele, ao ser parado por uma repórter, levou a mão à altura do rosto, em ângulo recto, e limpou vigorosamente o ouvido com a unha. “Oh diabo!” pensei…, “é mas é pato bravo”.

Porque vou-lhes dizer, nem na altura do PREC, nem quando a classe trabalhadora esteve a uma unha negra do poder, eu tinha visto um ministro limpar o ouvido com a unha comprida do dedo mindinho. Fiquei seriamente preocupado.

Mal sabia eu. O fulano era nem mais nem menos do que Armando Vara, pós-graduado e licenciado (por essa ordem) da nossa praça, subsecretário de secretário, secretário, ministro – um homem com uma carreira política meteórica e um tanto disléxica: afinal de contas, o que é que um funcionário da CGD em Vinhais, Trás-os-Montes, com o 12º ano, sabe de Administração Interna, Juventude, Desporto e Prevenção Rodoviária?

Mas essa escalada de elevador pelas escadas do Poder foi apenas a primeira parte da vida deste fura-vidas. Terminou com um escândalo incómodo, relacionado com uma tal Fundação para a Prevenção da Segurança Rodoviária – mas a simpática e eficiente Justiça portuguesa arquivou o processo por falta de provas.

A segunda parte é a vida Armando António Martins Vara como grande gestor da banca. Pelo menos aí pode dizer-se que estava no seu elemento, pois com certeza que conseguia contar maços de notas com presteza, ajudado por aquela unha do dedo mindinho. Começou na Administração da Caixa Geral de Depósitos, esse poço sem fundo onde caem todos os ex-políticos. E três dias antes de entrar na CGD já era licenciado. Dois anos depois passava a vice-presidente do maior banco português, o Millennium, com pelouros suficientes para meia dúzia de pessoas.

Helás! Salários sumptuosos não lhe tiraram o apetite por dinheiro pequeno. No processo Face Oculta constam de envelopes com 15 mil euros, caixas de robalos e almoços em restaurantes meia leca.

E assim chegamos à terceira parte da vida e obra de Armando António: Presidente do Conselho de Administração da cimenteira Camargo Corrêa África. A ida para Angola podia lembrar um pouco o desterro dos degredados no século XIX, que iam cumprir pena nas colónias com a ideia que as doenças tropicais os matassem. Mas os tempos africanos mudaram, claro. Angola é hoje em dia uma powerhouse de desenvolvimento, a precisar de cimento, muito cimento. No meio da nomenklatura de Luanda, e com os métodos de negócio que lá se praticam, Vara está como um peixe na água.

A última vez que ouvi falar de dele foi há poucos dias. Testemunhas e intervenientes concordam que Vara adentrou pelo Centro de Saúde de Alvalade, passou à frente de vinte velhinhos reformados e exigiu da médica um atestado de saúde, depressa porque tinha de apanhar o avião.

Um dos velhinhos, José Francisco Tavares, pai de seis filhos, apresentou queixa contra ele - coitado, acha que Vara é um cidadão igual aos outros, processável. Conhecendo os modos da Justiça, não me surpreenderia se num ano ou dois o Tavares não visse a reforma penhorada para pagar um processo por difamação.

Agora, uma coisa eu já tinha reparado, ao ver Vara dois dias antes, à saída do tribunal onde decerto será declarado inocente por falta de provas: o homem já cortou a unha do dedo mindinho."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dançarinos Prisioneiros - fenomenal



...ooo...o0O0o...ooo...
Estes são os dançarinos prisioneiros do Centro de Detenção e Reabilitação da Província de Cebu (Filipinas). Têm imensas coreografias - que fazem sucesso, muitas no youtube e que foram uma ideia de Byron Garcia, um consultor de segurança do governo da província de Cebu.
Ele afirma que a nova rotina de exercícios melhorou "drasticamente" o comportamento dos presos e dois ex-detidos transformaram-se em dançarinos desde então. "Usando a música, pode envolver o corpo e a mente. Os prisioneiros têm que contar, memorizar passos e seguir a música", disse Garcia à BBC.
"Os prisioneiros dizem-me: "precisa colocar a sua mente longe da vingança, da loucura ou de planos para escapar da prisão ou juntar-se a uma gang'",acrescentou Garcia. A dança é obrigatória para todos os 1600 detidos na prisão de Cebu, excepto para os idosos e doentes.
Deixo o comentário tal como o recebi Já tinha visto outros vídeos da mesma autoria deste, mas não podia deixar de enviar este. Trata-se de mais um vídeo realizado por prisioneiros filipinos, que estão cada vez melhor naquilo que fazem... até já filmam em HD e tudo!
Na minha opinião, o melhor dos vídeos realizados pelos já famosos prisioneiros filipinos, e digo isto não só pela coreografia (do filme This Is It) mas também pela letra (They don't care about us) e pela mensagem que transmite. Simplesmente fantástico! Para ver e partilhar!

Bons amigos: Saquei este vídeo do blogue dum amigo. Vejam que vale a pena!
Leiria

Caçadas em Metangula



Por Artur, Leiria (15683)
Nota minha: Mais uma peripécia, que escrevi há tempos, a qual trago do blogue da CN2F, para que os frequentadores do meu blogue pessoal - Fuzileiros Aventureiros - possam apreciar e, como já foi há bastante tempo, penso que não irá saturar. Claro que além dum toque mágico, também lhe limpei o pó.
...oO***000***Oo...

Certo dia, eu e o SARGE (como  os tropas americanos chamam aos sargentos), comparsa duma outra caçada inserida já numa listagem anterior, o tal Artífice Condutor de Máquinas, dicidimos ir à caça de qualquer coisa que aparecesse e que desse para comer.
Porém, como a sorte daquele dia pertencia àquele santo que vocês, Filhos da Escola, já conhecem: “o São Nunca”, e, para que o santo não levasse a sua avante, reparamos que havia pousada numa árvore, uma enorme águia pesqueira, das muitas que havia por ali. Todavia, o bom do SARGE que, já várias vezes tinha dito que não queria morrer sem comer águia, não está com meias medidas e manda-lhe um estoiro. A águia cai, anda por ali aos trambolhões, por fim fica quieta com o bico aberto e garras viradas para nós, então é o Leiria a envolver-se também no crime acabando de vez com o sofrimento do bicho.
Pegamos nele/a e lá fomos direitinhos à Capitania. O SARGE, que não se calava, lembro-me de me dizer:
- Oh Leiria, estes bichos não se comem porque as pessoas ainda não criaram o hábito de as comer, vai ver que isto vai ser uma delícia!
Eu, nas minhas dúvidas, lá fui com ele bem caladinho mas apreensivo por ter que ir comer carne duma ave predadora, só para não desmanchar prazeres…
Pedimos ao cozinheiro que, com a nossa ajuda, fizesse o tal pitéu, bem ambicionado pelo Sargento...
Nem queiram saber camaradas! O gosto estava bom! Se estava! Mas só para se lamber, porque a carne rija como corno, só uma hiena dava ali um jeitão a tragá-la!
Este Sargento era um espectáculo! Belos tempos! Belos tempos! Que vividamente me fazem relembrar tão saudosa vivência!
Porém, pergunto-me hoje – o que será feito deste sargento que também era dos bons?

Etiquetas: Caçadas

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aula da GNR...

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Um advogado conduzia distraído quando, num sinal de STOP, passa sem parar, em frente a uma viatura da GNR.
GNR: - Ora muito boa tarde. Documentos e carta de condução, fáchavor...
Advogado: - Mas por quê, Sr. Guarda?
- Não parou no sinal de STOP, ali atrás.
- Eu abrandei, e como não vinha ninguém...
- Exactamente... Documentos e carta de condução, fáchavor...
- Você sabe qual é a diferença jurídica entre abrandar e parar?
- A diferença é que a lei diz que num sinal de STOP, deve-se parar completamente. Documentos e carta de condução, fáchavor...
- Ou não, Sr. Guarda. Eu sou advogado e sei das suas limitações na interpretação de texto de lei. Proponho-lhe o seguinte: Se você conseguir explicar-me a diferença legal entre abrandar e parar, eu mostro-lhe os documentos e você pode multar-me. Senão, vou-me embora sem multa.
- Afirmativo, concordo... Pode fazer o favor de sair da viatura, Sr. Advogado?
O advogado desce e então a patrulha da GNR sacam dos cassetetes, e aquilo é porrada que até ferve para cima do advogado. Socos pra tudo quanto é lado, lambadas, biqueiradas nos dentes, era um ver se te havias...
O advogado grita por socorro, e implora para pararem.
E o GNR pergunta:
- Quer que eu pare ou que abrande...!?
Advogado: - PARE! PARE! PARE! SE FAZ FAVOR...
GNR: - Afirmativo, Documentos e carta de condução, fáchavor...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Anedota religiosa

Um dia, Glorinha descobriu que o seu pai era gay.
Descontente da vida, incapaz de aceitar a situação, resolveu matar-se. Mas não se podia matar como qualquer outra criatura, afinal, ela, Glória, era milionária; e atirar-se de qualquer viaduto ou ponte, cortando os pulsos ou tomar raticida era coisa de suicida pobre...
Ela queria se matar com classe, de forma diferente, em grande estilo.
Mandou aprontar o jactinho da família e só com o aviador, se mandou para o céu.
Pretendia se atirar lá de cima. Durante o voo, enquanto se preparava para o salto fatal, ela foi indagada pelo aviador a respeito do gesto extremo que ia executar e, chorando, contou-lhe o que ocorria:
- Papai é homossexual. Não consigo conviver com essa vergonha e vou me matar.
Vislumbrando uma possibilidade, já que ele sempre havia cobiçado aquela mulher, o aviador sugeriu que dessem uma queca antes dela se matar.
Glória concordou, afinal, para quem ia morrer, não custava nada quebrar o galho do aviador que se declarara tão apaixonado por ela… E assim foi. Piloto automático no avião e...
Glória gostou tanto que desistiu de se matar.

*Moral da história? *

GLÓRIA A DEU NAS ALTURAS
E O PAI, NA TERRA, AOS
HOMENS DE BOA VONTADE


Bagunça ortográfica!




Porque é que os homossexuais adoram o acordo ortográfico?
Porque transformou os espectadores em espetadores...

Contudo, o fato (facto) de se ser espetador (espectador), não chega - é preciso ir-se de fato e gravata - a não ser que o assunto na atualidade (actualidade) seja só fitício (fictício), porque assim, não vai passar de facioso (faccioso), como nos atos (actos) de fição (ficção) científica!

É uma alegria! Valha-nos uma Santa Iluminada…

Ámen!

Mais uma do Joãzinho!


O Joãozinho está sentado na 1ª fila.
O professor pede aos alunos para darem exemplos de excitantes:
- O café! - responde a Maria
- Muito bem - diz o professor
- O álcool! - responde o António
- Muito bem - diz o professor
- Uma mulher nua! - responde o Joãozinho
O professor, num tom de voz severo:
- Vais dizer ao teu pai para vir ter comigo amanhã, tenho duas palavrinhas para lhe dizer...
No dia seguinte o professor repara que o Joãozinho está sentado na última fila.
Pergunta-lhe:
- Joãozinho, deste o recado ao teu pai?
- Sim, senhor professor
- O que é que ele te disse?
- Ele disse-me: "Se o teu professor não fica excitado com uma mulher nua é porque é paneleiro! Fica longe dele, meu filho."

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Era uma vez Portugal



...ouro...ooo...oOo...ooo...oOo...oOo...oOo...ooo...oOo...ooo...ouro...
Uma comitiva do Parlamento Europeu a convite de Sócrates e da sua Ministra Isabelinha, visitam uma escola modelo no nosso país maravilha.
Numa sala da primária cheia de jornalistas a ensaiada professora com ambição a uma futura boa colocação, pergunta aos alunos:
- Onde existe a melhor escola?
- Em Portugal. - Respondem todos.
- Onde existe o Magalhães, o melhor portátil do mundo?
- Em Portugal. - Respondem.
- E onde há os melhores recreios da Europa?
- Em Portugal. - Respondem mais uma vez.
- E onde existem as melhores cantinas, que servem os melhores almoços, com boas sobremesas?
- Nas escolas de Portugal!
A professora ainda insaciada, continua:
- Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?
- Em Portugal! - Respondem os alunos com a lição bem estudada.
Os tradutores lá iam informando a comitiva estrangeira, que abanava a cabeça, céptica.
Nisto uma garota no fundo da sala começa a chorar baixinho.
Com as televisões em directo, Sócrates, para impressionar convidados e jornalistas, pondo-se a jeito para as câmaras, resolve acudir à menina perguntando-lhe:
- Que tens minha Menina?
Responde a menina, soluçando:
- QUERO IR PARA PORTUGAL!



sábado, 19 de fevereiro de 2011

Intempéries duma Nação


...oOo...oOo...oOo...

Meus amigos, eu que comecei com a integração de artigos de história dos nossos feitos nos séculos XV e XVI no blogue da Escola de Fuzileiros, vou-me ficando para trás nestes imbróglios! Caramba, que me vou sentindo tão pequenino agora, junto a vós!?

Denoto aqui que, o nosso Comandante Carlos tem feito algumas pesquisas para complementar os seus artigos, o que está muito certo. Contudo, o nosso Valdemar dos confins, ao que parece, vai apresentando frutos da sua cultura geral! Formidável!

Agora para meter a colher: os nossos verdadeiros inimigos foram os europeus, que a explodirem de inveja nos foram pisando os calcanhares por esses mares fora, para amarfanhar riquezas à nossa custa.

Dum lado, tivemos os ingleses, astuciosos, matreiros diplomáticos em tudo o que era de carácter político e não só, que ainda hoje estamos pagando dívidas as quais sempre estrangularam Portugal.

Do outro lado, além dos espanhóis e franceses tivemos os holandeses como os verdadeiros inimigos no além-mar. Foram aguerridamente os mais virados para comércio, acabaram por conseguir levar todo o movimento comercial europeu na época da casa da Índia de Lisboa para Burges, cidade holandesa na altura, o que hoje penso ser belga. (Não pesquisei, desculpem)

Aí, todos os países que se iam abastecer a Lisboa passaram a fazê-lo lá e porquê?

Fácil de ver que foi por conveniência quanto à localização do abastecimento pelos outros países, e ainda pelo facto dos holandeses serem os verdadeiros comerciantes, enquanto os portugueses eram os verdadeiros descobridores! Por isso, de tudo quanto houvera para descobrir com as nossas caravelas (casquinhas de nozes), fizemo-lo; enquanto os acima referidos, com os seus enormes galeões a abarrotar de tudo quanto era especiaria, da qual a Europa estava faminta, era o seu forte.

Ainda hoje, e, porque não nos gramamos; até no futebol, umas cabeçadas, de parte a parte, entram no jogo!

Não esquecer que a ilha de Sri Lanka, Ceilão na altura, foi roubada e por eles e reconquistada por nós nove vezes, além do Brasil e Angola serem também reconquistados para os portugueses por Salvador Correia de Sá.

Dominamos os mares da Índia durante 100 anos; dominamos também o Golfo Pérsico onde tivemos 18 fortalezas e feitorias comerciais incluindo uma cidade.

Portugal era um país que cabia num bolso, mas duma alma invulgar, enorme e irrefreável…! Infelizmente – foi bem de pouca dura - porque os políticos de então e de agora, tirando meia dúzia de reis que foram os de melhor estirpe que o mundo jamais viu, gastaram e deixaram gastar pela nobreza à tripa forra, tudo o que era riqueza oriunda, com muito sacrifício de soldados e marinheiros, dos Novos mundos que íamos ofertando ao Velho!


Quanto aos Judeus sefarditas, nome dado aos de Portugal, fizeram parte das elites envolventes nas descobertas, incluindo Zarco, o navegador que descobriu e povoou a Ilha da Madeira, que foi o avô do Colombo, segundo novas pesquisas, os quais foram membros da Ordem de Cristo de Tomar, que por sua vez formados, com a autorização do papa, como uma nova ordem de templários portugueses; logo após o desmantelamento dos Templários da Europa em 1310.

Devido ao grande sigilo que era requerido para que as novas terras e a arte de navegar, não se dessem a conhecer, muitos portugueses foram encontrar a sua morte nos pelourinhos das praças que ainda hoje existem em muitas cidades portuguesas. Segundo li, o desdito, sem tecto, Camões, para sustentar a sua pobreza, andou de rua em rua em Lisboa a apregoar a venda de mapas, o que na altura o sigilo já era obsoleto, porque os novos mundos já não eram tanto assim.

Cartógrafos; além de alguns portugueses tivemos estrangeiros, incluindo o famoso italiano Amerigo Vespuccio, que devido ao seu nome escrito nas cartas e mapas das novas terras Americanas veio a influenciar a escolha do nome dado às Américas na altura, penso que foram mapas roubados e vendidos aos ingleses, porque na época eram vendidos a preço de ouro, os quais, a muitos, custou-lhes a vida, como foi falado em cima.

Era a lei da pólvora, é, e continuará a sê-lo neste mundo que devia ser de Deus mas, ao que parece, não passa dum Mundo cão…!


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O que é a médiamania?



Por Manuel Luciano da Silva, Médico

Média + Mania

MÉDIA é o termo genérico de comunicação por meio da escrita, do telefone, do fax, da rádio, da televisão, do cinema e ultimamente por meio das variadas formas da Internet: (Blogs, Twitter, FaceBook, páginas pessoais, websites, etc.)

MANIA é uma palavra grega que significa “estado irritável, ou fúria”. É oposto à depressão. Um indivíduo que seja maníaco-depressivo – hoje é mais chique dizer-se Bipolar – tem períodos psiquiátricos de altos e baixos: de agitação e de depressão.

Uma pessoa que sofra de mania está sujeito a ilusões de grandeza, de agressão e até de homicídio. Esta pessoa pode ter até um fascínio pelos Médias!

Megalomania é uma palavra composta por “magalo” igual a “grande” mais mania. É uma pessoa que tem a mania das grandezas!

Nós sabemos, medicamente, que no mundo há 2% de seres humanos que sofrem de doenças mentais. Portanto entre seis biliões de pessoas que existem na terra 120 milhões são doentes mentais!

Os membros dos Médias também sofrem da Médiamania!

Os Editores e Directores dos jornais, revistas, da rádio e da televisão também sofrem da médiamania porque glorificam os maus cidadãos: os ladrões, os criminosos, os assassinos. Fazem largas manchetes das más notícias, salientam-nas nos noticiários e repetem-nas inúmeras vezes até nausearem!

Em contrapartida menosprezam ou IGNORAM as boas notícias, os bons actos dos cidadãos, como actividades culturais, de fraternidade e assistências social.
Porque é que os jornais, as revistas, os programas de rádio e televisão têm maior audiência quando glorificam as notícias más?

Porque uma grande percentagem das massas tem uma apetência, têm um mau carácter, tem culpas no cartório e querem ver notícias más para comparar o seu mau íntimo e sentirem-se aliviados e concluir: “afinal ainda não fui apanhado, continuo a safar-me!”

 A culpa é dos Directores dos Médias

Nos Estados Unidos da América e pelo resto do mundo vemos com frequência assassinatos, muitas vezes até massacres e logo os meios de comunicação vão numa Maratona e interrompem até os seus programas regulares, para glorificar o feito do assassínio, para o reporter poder satisfazer a sua índole sadista, dramática e cruel de informar o grande público o mais rápido possível! Os Directores dos Médias esquecem-se que ao glorificarem os criminosos estão a gravar na história os nomes desses tarados e malvados, ao mesmo tempo que estimulam, dando os maus exemplos a outros indivíduos que sofrem de doenças mentais como a médiamania. Parece que toda a gente quer ficar na história, quer aparecer na TV. É por isso que o Face Book tem crescido duma maneira fenomenal! Aqueles indivíduos que sofrem de médiamania são muito mais susceptíveis a serem influenciados pelas manchetes que os Médias vangloriam!

Está torto! Os Directores dos Média baseando-se na Lei da Liberdade de Expressão estão a prestar um mau servido às Comunidades onde vivemos, em vez de salientarem as notícias boas enaltecendo os bons exemplos às camadas jovens e a todos os cidadãos. Isso seria um serviço excelente para a Nação!

Os Médias não deviam publicar os nomes dos criminosos, apenas as iniciais deles, nem tão pouco publicar as fotos deles. Assim eles ficariam a saber de antemão que não iam ficar com o seu nome na história!

Mãe Alentejana



Mê querido filho:

Ponho-te estas poucas linhas que é para saberes que tôu viva.

Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta, é porque chegou. Se ela não chegar, avisa-me que eu mando outra.

O tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorre a 1 km de casa. Por isso, mudámo-nos pra mais longe.

Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim, arranquei os botões e meti-os no bolso. Quando chegar aí prega-os de novo.

No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.

Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.

Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse para ficar com ele por duas horas sem falar. O tê Pai ofereceu-se para comprar o tubo.

Tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, nã sei se vais ser tio ou tia.

O tê mano Antóino deu-me hoje muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive de ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava em baixo.

Se vires o Sr. Alcino, diz-lhe que mando lembranças. Se nã o vires, nã digas nada.

Tua Mãe Mariana

PS: Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope 

Oh minha mãe minha amada/Quem tem uma mãe tem tudo/Quem não tem mãe não tem nada

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

1 Milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política

 ...oOo...

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulice está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer quase tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados.

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? Como não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75, nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes às oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam.

26. Controlar a actividade bancária para que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Palavras para quê se cada foto vale mil!












 Aquele majestoso e misterioso lago que muitos de vós conheceis; implacável a quem o não sabe compreender, contudo acolhedor a todo aquele que o sabe apreciar e respeitar…

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

NÓS, O MORTO E O SUSTO…!


"Nota: Ora, é sabido que duma maneira geral, logo os artigos frescos sejam lidos, passam estes a fazer parte dum espólio semi-esquecido, lá bem para o fim, ou antes, o princípio do blogue e, como o nosso povo fala e bem: “Longe da vista, longe do coração”; quero, desta maneira, trazer alguns artigos por mim previamente publicados, para bem perto da vista, para que perto fiquem do coração. Doutra forma este blogue pouco terá a ver com Fuzileiros embora escrito e lido por eles."  


Por Artur (Leiria) 15683


NÓS, quero dizer: Eu, o Marcolino e o Cabo de mar que era natural da área de Matosinhos, adido à Capitania de Metangula na altura que lá estivemos (ver foto).
O MORTO, era o nosso guia preto que morreu na emboscada, quando subia para a lancha, que o Carlos descreveu e muito bem, no artigo que envolveu o “PIDE e a lancha” na área do Cobué.
Desta emboscada safei-me porque não fazia parte da mesma esquadra/secção do Carlos, por isso tive a boa sorte de nunca ter sido baptizado em combate.
O SUSTO, fez parte do que se passou que, não ganhamos para ele, como é uso dizer-se. Vejamos então:
Dois dias depois da referida emboscada, coube-me a mim, ao Marcolino e ao Cabo de mar, a missão de irmos recolher ao Cobué o corpo do finado marinheiro guia autóctone e transportá-lo por barco até Metangula.
Quando chegamos ao Cabué o seu corpo estava já dentro duma caixa de madeira, tipo caixão, que alguém no local construiu.Com ajuda de alguns pretos colocamos o defunto dentro dum barco de madeira, o qual viria a ser rebocado pelo barco que levamos a motor, o mesmo, que mais tarde venho a ter o acidente, quando do rebentamento do cabo de aço que me bateu nas costas e braço esquerdo, quando o puxávamos com um cabrestante para for da água - como o Carlos descreveu - e muito bem, num artigo dos seus, essa eventualidade.
O Carlos é, “o descreve tudo”! Está dentro de tudo e mais alguma coisa... Força que a marujada está contigo, Carlos.
Continuando agora:

***
Partimos do Cobué, pela tardinha duma tarde esplendorosa, dia dos mais belos em Moçambique já vistos! A temperatura era tão amena que os nossos corpos não conseguiam sentir os elementos atmosféricos!
Não se sentia frio, calor, vento, humidade, simplesmente uma neutralidade absoluta como nunca antes foi sentido!
O referido barco feito de chapa com o motor “inbord”, lá ia martelando tac… tac... tac…, lago abaixo, direitinho à nossa Metangula, com o dito barco de madeira atrás, preso por uma corda com o morto dentro.
O Cabo de mar era o homem do leme, que por motivos de segurança e referência, ia mantendo o barco a uma distância de uns 2 a 5 km das montanhosas margens do tão maravilhoso lago!
Apesar da presença do morto lá íamos saboreando tão agradável viagem, como se estivéssemos gozando umas merecidas férias! O barco lá ia, tac… tac... tac…, lago abaixo, direitinho a Metangula.
Conversava-se, ou antes gritava-se para se suplantar o barulho do motor; troncos nus para absorção, pelas nossas peles, dos raios infra-vermelhos duma tardinha que nos ia acariciando! Coisa agradável…!
Contudo, algo estranho se ia fazendo sentir… sem que a nossa pouca experiência na vida, nos deixasse pré-assumir o que se estava desenrolando… (!?)
Notamos um manto de nuvens negras, como a morte, subindo sobre o horizonte do sol poente, que se iam formando a passos largos do interior da negra África em direcção ao nosso acariciador sol que ainda estava um pouco mais acima, o qual tanto afago nos vinha dando.
Em poucos momentos houve um tão estranho enlace! Houve uma luta em que, o manto negro ia saindo vencedor como um animal voraz, que engolia por completo o delicioso e envolvente sol que nos dava vida.
Coisa tenebrosa, para novatos como nós, que nunca tal coisa tínhamos visto! Lembro que, já no lusco-fusco que ia restando do tão bruscamente arrebatado dia, vejo uma verdadeira tromba efervescente de água, sobre o lago ainda calmo a caminhar velozmente em nossa direcção.
Foram segundos apenas, que levou o “adamastor” a envolver-nos nas suas garras com uma voz pujante como a dum mar fervente! Noto, mas mal, o CDM a tentar aproar a embarcação contra as vagas. Todavia, tudo foi em vão porque ficamos praticamente à deriva e com o barco meio de água, logo à primeira derrocada…! Com o CDM gritando:
- Tirem a água para fora com os capacetes. Força rapazes.
Tão depressa estávamos na crista duma onda, como de imediato estávamos rodeados por água em toda a volta.
- Não tenham medo que o barco não vai ao fundo, já fiz essa experiência, dizia com voz gritante.
Eu para comigo:
- Como pode ser isso, se o barco é todo de ferro?! A escuridão, no momento, era absoluta! Só era possível ver-se todo este dilema quando, os constantes relâmpagos iluminavam por fracções de segundo tal cena, só vista em filmes!
O barco do morto, por ser leve, via-se constantemente na crista das ondas, ora num lado ora no outro! Pensei:
- Se este for ao fundo vou tentar agarrar-me ao do morto, mas espera aí, se os dois estão agarrados, vão os dois.
Por esta altura, já o Escola Marcolino me tinha várias vezes perguntado:
- Oh Leiria, eu não sei nadar, se o barco for ao fundo salvas-me?
- Não tenhas medo, o barco não vai ao fundo, respondia eu.
Acreditem colegas, o Marcolino só deixou de fazer tal pergunta quando lhe disse:
- Sim Marcolino, se o barco for ao fundo salvo-te.
- Como poderia alguém salvar outro, ou salvar-se a si próprio, ou os dois, numa situação em que não se sabia se estávamos a 2 a 5 ou mais quilómetros de distância da terra e, depois de tanta volta termos dado, para que lado ficava ela!?
Lutamos constante e arduamente na tarefa do despejo da água a qual, a toda a força nos queria engolir! Mas com tenacidade íamos vencendo! Devagar, mas vencendo sempre!
Depois duma boa/má hora passada, que mais pareceram dias, neste possível drama trágico ou marítimo, notamos que os relâmpagos sucediam-se já por detrás, das já referidas montanhas…!
- Santa Misericórdia! Foi a luz da esperança a iluminar os nossos espíritos. Aleluia! Praise the Lord! Ele acabou de nos dizer que não nos queria ainda.
Fomos como pudemos até chegarmos à margem, não de areia, mas sim de pedregulhos de esperança. Fez-se uma fogueira, à qual nos aconchegamos até praticamente de manhã, enxugando assim as nossas fardinhas e agradecendo ao Bom Deus silenciosamente, em nossos pensamentos...
Mais tarde, o barco continuou, tac... tac... tac…, lago abaixo, com o morto atrás, até à nossa querida Metangula! Ao atracarmos na doca, o sol já alto, o CDM diz:
- O único que não se assustou foi o morto. Rapazes desculpem, mas se o barco se enchesse de água tinha ido ao fundo, sei-o porque tinha já feito essa experiência antes. Uma vez sãos e salvos, o nosso contentamento superou tudo. Desculpas e perdão não faziam parte da agenda do dia, porque a vida queria viver, e… ainda hoje vai estrebuchando…
Não importaria agora se o barco tivesse ido ao fundo… mas importa hoje, porque este Escola, ainda cá está para vos contar peripécias e os abraçar...!

Um abraço.

Artur/Leiria

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O DISCURSO (INVERTIDO) DE SÓCRATES



ANTES DA POSSE

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE

Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DITOSA BRIOSA, SETEMBRO DE 1961!


Nota: Ora, é sabido que duma maneira geral, logo os artigos frescos sejam lidos, passam estes a fazer parte dum espólio semi-esquecido, lá bem para o fim, ou antes, o princípio do blogue e, como o nosso povo fala e bem: “Longe da vista, longe do coração”; quero, desta maneira, trazer alguns artigos por mim previamente publicados, para bem perto da vista, para que perto fiquem do coração. Doutra forma este blogue pouco terá a ver com Fuzileiros embora escrito e lido por eles.    
...oOo...
Setembro de 1961, do ano de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eu, com 17 tenros anos de idade, aspirante a aluno-marinheiro, vim de lá, duma terrinha dos lados de Leiria e, para que a sobrecarga dos meus pais mais leve se tornasse, lá fui à procura da tão Ditosa Briosa!

Depois de inspeccionado, como todos descalço até ao pescoço, e apurado, lá fui, destino ao barbeiro, melão, ou antes cabeça a rapar, e, logo de seguida, direitinho ao paiol da farda. Farda de cotim cinzenta, que mais parecia de alumínio, própria para maçaricos; cuecas que ficavam em sentido, ao colocá-las direitas sobre a cama! Uma boa forçada ‘banhoca’; logo uma farda a vestir. Notei então, que não era mais meu, mas sim propriedade da Marinha…! Pronto!

Vejo-me ao espelho ao ver os meus novos colegas, filhos-da-escola! Vejo-me neles ao vê-los a eles! Pois éramos e sentíamo-nos iguais - bem acinzentados de cor!

Trocamos palavras, perguntas foram feitas, respostas dadas, exclamações e interjeições vociferadas! Sei lá... Sei lá... Um sem número de coisas com entusiasmo faladas e discutidas… No fim lá íamos, cantando e rindo…!

Lembro vozes de comando por todo o lado. - “Oh mancebo anda cá, forma aqui ao lado deste, alinha por aquele, para a frente marcha: 1, 2, esquerdo-direito; 1, 2, esquerdo-direito.” Era o sargento monitor a começar mais uma, entre muitas recrutas já dadas. - “1, 2, esquerdo-direito…” Lá fomos, virados a Vale de Zebro, Escola de Fuzileiros para iniciarmos toda a instrução inerente aos fuzileiros!

Belos tempos a recordar…! Belos tempos…!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A minha língua é a minha Pátria...

…a minha Pátria é a minha língua.

Os vossos comentários são compatíveis em conhecimento, com o dos senhores iluminados da cátedra que são pior que m… Só que a nossa universidade tem sido a universidade da vida; apesar de não ser reconhecida pela instituição do ensino, não deixa nada a desejar… Somos homens dum bom senso comum, onde o conhecimento é vasto…! Concordo plenamente com todos os comentários, mas em especial com o alongado comentário do Pikó!
Quero doravante inventar adjectivos como o Eça o fez… lá porque ele teve as credenciais legais por detrás do seu nome, sinto-me também com o direito de o fazer, uma vez que badamecos estrangeiros se auto-proclamam senhores da minha/nossa amada língua.

Vejamos agora, como parecer meu, o porquê destas coisas, a parte de influências e conveniências políticas, muito em especial no campo do “marketing”.

A nossa língua, porque é pura como nenhuma, não deixa de ter os seus prós e contras. Ao contrário do inglês por exemplo, a palavra escrita é padrão absoluto porque escreve-se duma maneira e fala-se doutra, quanto a nossa escreve-se como se fala e fala-se como se escreve, salvo algumas excepções, que para as quais existem regras gramaticais bem explicitas. Uma vez que assim é, existe a sujeição de ser o povo a criar muitas palavras ou de certa forma alterá-las, mas as palavras com base no latim e ainda aquelas que têm vindo por via erudita jamais deveriam ser alteradas.

Os brasileiros têm tido a influencia do espanhol e do inglês, contudo o problema mais notável, é o uso acriançado, lânguido, musicado, da 'pequeninisse' dos “inhos”, dos Ronaldinhos & companhia….

Como exemplo temos o substantivo Portugal e todas palavras terminadas em “L” que eles mudam para “U” - Portugau, bestiau, pantanau, colossau etc., etc.

Aquando no Brasil (Brasiu), em 1991 de férias, curiosamente pedi a um cara, depois de entabularmos conversa, se poderia verbalizar o abecedário para eu ouvir, o que o fez, mas ao chegar ao “L” pronunciou-o “Éle”, pedi-lhe de imediato para dizer Portugal, e, lá veio de imediato o Portugau.

– Então, disse eu, se no alfabeto o “L” tem o valor de “L”, porquê o valor de “U” em Portugal? Ao que respondeu: – “Não sei”!

Prova evidente de que mais tarde ou mais cedo passaremos a ser os portugauses de Portugau olhando que escrevemos como falamos e vice-versa.

Outras palavras que, fui apanhando nas lições de condução que ia dando aqui no Canada a alguns brasileiros:

- Mauro, cuidado com aquele peão além, vá cobrindo a travão agora…

- O quê, quê isso senhor(r)? Peão é de jogar… e travão é freio...

- Sim Mauro é de jogar também; mas olhando que são iguais na grafia, por isso são homógrafas, mas com significados diferentes, está vendo?

- No Brasiu, é um “pedestre”, diz ele.

- Sim, é um pedestre à vossa maneira, e na Espanha é um “pieton”, e em inglês é um “pedestrian”, como vê Mauro, pelo menos são palavras originais da palavra básica – “pé”, só que os super trapalhões dos ingleses não têm pés, têm “foot” no singular; “feet” no plural; quando o (pe)destrian vem de pé…

Estas são algumas exemplificações de milhares existentes nas línguas parcial ou totalmente latinas, por isso, os doutores de marca “Crapp” m…, em português – à Doutor Luciano da Silva - deveriam ter muito respeitinho pela língua mais pura que alicia os membros Lusos que sempre tiveram Portugal como berço e o mundo para receber seus corpos no seu eterno descanso…!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Um texto fora de série.

Nota do Leiria: É com a mais dolorosa vénia que transcrevo para este meu puro e singelo blogue, este doloroso brado de Manuel Halpern, enviado pelo digníssimo camarada de armas Joaquim Rosa Silva, que certamente lhe aquece, talvez de ira, o caudaloso sangue efervescente que lhe corre nas veias…! Sim! Porque é esse o meu sentir também… que como irmãos siameses, comungamos do mesmo sentimento o qual nos obriga a deixar escapar algumas lágrimas de tristeza…


Totalmente de acordo. A mim não me apanharão a escrever desta maneira, nunca.
Um cê a mais

Manuel Halpern

Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade, não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar.

É com este dialeto

Que fica tudo coreto?

Escrito com reticencia?

Que raio de preconceito

Fazer assim deste geito.

É umTratado de demencia

Que tristeza… ao que chegamos…


Leiria Cont.: Simplesmente horrível o que os miseráveis políticos vêm fazendo há uns tempos a esta parte… Já não basta o que fizeram à Pátria Amada - destroçando-a - e Esta, moribunda estrebuchante, ainda, duma morte agonizante dum passado recente … e vêm com o derradeiro e finalizador golpe de aniquilar a sua/nossa língua; a sua/nossa alma; a sua/nossa verdadeira identidade...

Ai minha querida Língua… a mais pura entre todas…!
Ai minha Pátria Amada… que os políticos não mais te amam…?!