sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O sargento com o rei na barriga, mas sem cu!

Nota minha: lembrei-me de trazer esta passagem verídica, que escrevi a muito tempo e que foi publicada pelo Carlos no blogue da companhia, sacudi-lhe o pó, lavei-lhe a cara, e insiro-a agora no FA, porque, quase tenho a certeza que este homem também vos deu instrução, isto passou-se em 1965, portanto tentem recordar se sim ou não conheceram tal peça?  

Quem não se lembra de sua Exa., o digníssimo Sargento JAIME?

Este senhor era cá duma casta que não interessava nem ao Menino Jesus. Com certeza, que não morreu ainda porque nem o diabo o quer. Mau, velhaco, militarista, emproado, frustrado e sobretudo sem cu! A frustração deveu-se talvez, segundo rezava na altura no jornal da caserna, de ele nunca ter conseguido dar a volta à matemática nas várias tentativas dos cursos de oficiais.
Não tenho conhecimento se alguma vez o conseguiu, ou foi para a reforma como Sargento-ajudante... Nunca se lhe viu um sorriso. Agressivo na instrução e tratava todos por pá. No entanto posso dizer, que no princípio da minha recruta, eu até fui visto menos mal por seus olhos!
Certo dia na recruta, este senhor, porque achava que eu marcava passo a seu agrado, (efeitos da Mocidade Portuguesa), manda-me subir para cima dum estrado e à frente dumas centenas de rapazes, manda-me exemplificar como marcar passo, volver à direita, volver à esquerda etc., etc., para depois todos tentarem fazer como eu fiz.

Vou, e regresso de Moçambique, ao fim de dois anos e meio, como muitos de vós e, logo regressado, revejo este senhor dando instrução aos novos-escolas da mesmíssima maneira como nos deu a nós...
Certo dia, eu, mais uns escolas estávamos a fazer limpeza (porque os ingleses não iam lá fazê-la por nós), nas instalações do outro lado da rua do escritório do oficial de dia, quando vejo um pelotão a marchar por ali fora em treino. Eu, sem pensar, e porque não via do local onde estava quem ia a comandar, começo: “ um, dois, esquerdo, direito; um, dois, esquerdo, direito”; a imitar a quem ia a dar instrução. Ouvi uma voz de comando a mandar parar o pelotão e digo para comigo - “oh! oh! estou em apuros”, quando vejo tal personagem a encaminhar-se para a sala onde estávamos.
Entra sua Exa. o digníssimo sargento todo emproado, COM O REI NA BARRIGA e pergunta: 
 -“Qual de vocês é que está para aí a imitar-me?”
 -“Fui eu Sr. Sargento”, respondi.
-“Você”, diz ele, “há uns tempos para cá, anda armado em espertalhão, mas olhe que apesar de ser menino bem visto aqui, mesmo com padrinhos ou não, eu ponho-o no seu lugar e mais depressa do que você pensa”.

Virou-se saiu porta fora todo emproado, MAS SEM CU!

PS: Reparem como ele aqui me tratou por você, ironicamente claro. Foi asneira o que fiz sim senhor, mas não esquecer que éramos pouco mais do que jovens irresponsáveis. Agora, segundo os bons regulamentos militares, devia chamar-me à parte e repreender-me a sós, uma vez que eu tinha uma divisa e estava com subordinados. Não acham?

“Um relembrar vivo duma saudosa vivência”! Pois recordar é viver!

Escreveu;

Leiria, 15683

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

De fazer inveja ao “Marquês”...

Os grandes: Sargento Vitorino e o Rosa da Silva
numa saudável cavaqueira transmitindo na chapa essa pura e singela realidade...
 
O grupo dos insaciados que, procurando que comer, vão deparara-se com o homem da caneta, que sem dó nem piedade, lhes vai pregar com a dolorosa que nem uma santa misericordiosa lhes vai valer!

Como disse, o impiedoso homem convencendo um filho da escola que, nestas coisas aquilo com que se compram os melões, tem um lugar primordial na equação dos comes, dos bebes e não só...    

Aqui pode-se apreciar uns 200 anos de experiência, onde esta, como senhora absoluta, 
 poderá falar por si só, seja no que se refere ao Verso `a Banca e ao imbróglio Alfandegário...  
Uma trilogia bem madura mas que ainda verdeja com o Verde o Hipólito e o Silva

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A alegria dum homem Querido!


Grande Páscoa!
Ao que parece - contente quanto possa um homem estar! E vão dois…
Talvez o impulsionador número um do encontro da 8 em Pombal no passado dia 2 de Outubro.
Correu bem de verdade, caramba!
Venham mais…

Mesmo, mesmo, mesmo… acabadinho de chegar


...oOo...
O homem voltou. Contente. Rejuvenescido e prontinho par vos contar umas larachas…

Foram quatro semanas e pico, alheio a tudo o que se refere aos imbróglios dos blogues, política nacional, entre outras coisas que optei por ignorar.

Tenho, porém, pena de vós, que tereis que aguentar com tanta e tão desmedida lavagem política do cérebro! Lógico é que, ‘ao fim e ao cabo’ acabará por ganhar lugar no poleiro o melhor vendedor da banha, sem se olhar a direitas, esquerdas ou qualquer coisa, aí pelo meio… “Porca miséria!”

Mas deixamo-nos de políticas e burocracias, de que o nosso jardim das flores está abarrotando, por agora, e, vamos animar com a alegria de vos contar que afinal o país com os seus filhos dos brandos costumes ainda vale a pena!

Vale a pena por tudo o que se come, que ainda é bom e barato, o sol que nos continua a visitar, sem que para isso se tenha que pagar imposto, e a tão apreciada forma de se estar e socializar!

Adorei comungar convosco dos mesmos sentimentos daquela passagem há quarenta e tantos anos por terras de África, como elemento das mais ditosa Briosa do mundo – a nossa Marinha!

Pombal foi palco dessa comunhão, pena é que, nestas ocasiões o dia se torna tão curto para se entabular conversa mais aprofundada, mas outras marés trarão mais e muitos marinheiros, para aos poucos compartilharmos do bom e do melhor que a vida ainda nos vai oferecendo…

Corri mundos e fundos… incluindo as voltas que dei para preservar o património de família que não foram escassas.

As nossas praias, apesar do frio que se fazia sentir, continuam invejáveis! Somos na verdade uns sortudos! Pena é que a sorte não nos vai bafejando com os (des) governantes que vamos tendo! … Mas haja esperança que melhores dias virão.