segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão...


EM 1661


DIÁLOGO ENTRE COLBERT E MAZARINO DURANTE O REINADO DE LUÍS XIV (Pouco …. ou nada mudou!)

Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV.
Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro-ministro na França. Notável coleccionador de arte e jóias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na colecção do museu do Louvre em Paris.

O diálogo:

Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão.
Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se...  Todos os Estados o fazem!

Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro.
E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: Criam-se outros.

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: Sim, é impossível.

Colbert: E então os ricos?

Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.


Colbert: Então como havemos de fazer?

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres:  São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos.
É um reservatório inesgotável.  

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

'Mor já volto!

Reza a história que um casal de recém-casados, com apenas 2 semanas de casamento, o marido que apesar de feliz, já estava com uma vontade reprimida de sair com a malta para fazer a festa. Assim ele diz à sua queridinha:
- 'Mor já volto!
- Onde vais meu docinho? (com expressão de recém-casados)
- Ao barzinho, beber uma geladinha.
A mulher põe a mão na cintura e responde-lhe:
- Queres uma cervejinha, meu amor???
E nesse momento abre a porta do frigorífico mostra-lhe 25 marcas diferentes de cervejas de 12 países: alemãs, holandesas, japonesas, americanas, mexicanas, etc.
O marido sem saber o que fazer responde-lhe:
- Meu docinho de coco... mas no bar... sabes... o copo é gelado.
O marido não tinha acabado de falar, quando a esposa interrompe a sua conversa e diz:
- Queres um copo gelado, 'mor?
Nesse momento a esposa tira do congelador um copo bem gelado, branco, branco, que até tremia de frio. Então o marido responde:
- Mas meu céu, no bar tenho aqueles salgadinhos óptimos...Já volto ok?
- Queres salgadinhos meu amor???
A mulher abre o forno e tira 15 pratos de diferentes salgadinhos: bolinhos de bacalhau, rissóis, pipocas, amendoins, pasteis de carne, empadinhas...
- Mas minha bonequinha..., lá no bar... sabes..., as piadas, os palavrões, tudo aquilo...
- Queres palavrões meu amor? ENTÃO VAI PRÓ CAR(.)LHO, MAS DAQUI TU NÃO SAIS, MEU FILHO DA PUTA!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Entrega-se como foi recebido - verdade ou mentira?

O inacreditável caso do HDES

Como já vem sendo habitual nesta espécie de democracia, foi há algum tempo nomeado, para administrador do HDES, um "boy", por "mero acaso" familiar dum membro do governo. O ilustre personagem foi sendo conhecido no hospital e entre os funcionários/as da administração, pelos excessos de linguagem e atitudes pouco próprias. Ultimamente o figurão deu-se de amores com uma técnica de fisioterapia do hospital, atitude a todos os títulos louvável até porque essa situação poderia permitir acalmar-lhe os ímpetos. Quis o acaso que a referida funcionária tivesse de ser internada e operada num dos serviços de cirurgia do HDES. No dia da recolha de sangue para as análises pré-operatórias, foi a funcionária acompanhada pelo distinto administrador que comodamente se sentou na cadeira destinada para esse fim. Ao ser-lhe chamada a atenção para o facto pela enfermeira que ia proceder à recolha, S. Ex.ª, do alto do seu poder e da baixeza do seu espírito, sentou a doente ao seu colo e a colheita assim foi feita. Foi a doente internada na cama do meio de uma pequena enfermaria de três camas. Num dia, num excesso de paixão, o arrebatado administrador fechou os cortinados, tirou os sapatos e manteve uma relação sussurrante com a fogosa namorada. As doentes que se encontravam ao lado, uma por incapacidade física, outra tolhida pelo horror e vergonha, assistiram repugnadas ao acto! Uma delas, abalada e revoltada, decidiu cumprir o seu dever e escrever à Presidente do Conselho de Administração, descrevendo pormenorizadamente os factos, confirmados ao pessoal de enfermagem pelo depoimento da outra doente que se encontrava na cama oposta, na mesma enfermaria. Que o Senhor administrador tenha relações com uma funcionária do hospital, com um soldado ou com uma galinha, pouco interessa. Mas o facto de usar uma cama do hospital onde é administrador, diante de outros doentes que ali estão, debilitados, para serem tratados das suas doenças, tornam o facto, para além de insólito, revelador duma ou duas mentes desequilibradas. E tanto mais grave pelas funções que os dois desempenham, numa instituição que se pretende exemplar. Este energúmeno, não fossem as suas ligações partidárias e familiares que tem, e se vivêssemos num país decente, já deveria estar suspenso. Apurada a sua culpa, expulso definitivamente da função pública. Por muitíssimo menos já se castigaram médicos, professores e outros funcionários públicos.



«Qual crise energética?»


O Petróleo não é de origem fóssil, continua a ser gerado ininterruptamente pela Terra e é inesgotável 

Foi-nos sempre dito que o petróleo é um combustível fóssil, que surgiu há 500 milhões de anos, tendo por origem a decomposição de plantas e animais mortos. Restos de organismos teriam sido aprisionados no fundo dos oceanos numa camada de lama e cobertos por outras camadas de solo, formando ao longo do tempo o petróleo. 
Foi-nos sempre dito que a energia do sol é captada pelos seres vivos e que podemos libertar novamente essa energia armazenada há centenas de milhões de anos através da combustão do petróleo. 
É-nos dito que as reservas de combustíveis fósseis, especialmente o petróleo, duram, no máximo, até cerca de 2060. 
Outro factor, para além da extinção das reservas petrolíferas, é o momento em que a produção de petróleo atinge o seu cume, começando então a decrescer. Este ponto máximo da extracção petrolífera é chamado de "Peak-Oil" [Pico Petrolífero]. Como é em função deste pico que varia a oferta e a procura, este pode ter um papel crucial nos preços do petróleo.
O ponto máximo da extracção petrolífera ou "Peak-Oil" é o instante em que a taxa de extracção petrolífera atinge o seu máximo absoluto em todas as bacias petrolíferas. Este momento é alcançado quando tenha sido extraído metade de todo o petróleo passível de ser explorado. 

O Pico Petrolífero 

É afirmado que o ponto de extracção máximo já foi alcançado no passado e que vamos de encontro a uma crise energética. A prova desta esta afirmação, dizem-nos, é o aumento contínuo da cotação do petróleo, de 25 dólares o barril em 2002 para 134 dólares em 6/6/2008 (este artigo foi escrito nesta data). 
Por este motivo, dizem-nos que a esperada lacuna energética deve ser suprida através de menor consumo e pela procura de outras alternativas, tal como energias renováveis. Devemos abandonar o petróleo o mais rapidamente possível, pois ele irá acabar em breve.
É-nos afirmado que o petróleo se formou há centenas de milhões de anos, que existe em quantidade fixa, e que quando tivermos extraído a última gota, terá acabado para sempre a era do petróleo. 
Mas o que é que aconteceria se toda esta história não tiver nenhum fundamento e tudo não passar de uma lenda? O que seria se o combustível petróleo não fosse de origem fóssil, não proviesse de organismos extintos, mas fosse de outra natureza? E se o petróleo, afinal, existe em abundância e continua a ser formado ininterruptamente pela Terra? E se não existir nenhuma crise energética e nenhum "Peak-Oil"? 

O Pico Petrolífero está Aqui 

A afirmação de que haveria um ponto máximo na extracção do petróleo foi divulgada em pânico, já em 1919, embora nesse tempo ainda não se chamasse "Peak-Oil" (este é somente um novo rótulo). Naquele tempo, foi afirmado pelos "especialistas" que o petróleo só chegaria para os próximos 20 anos. O que aconteceu na realidade? Desde então, a data do fim do petróleo foi sempre impelida para o futuro, e hoje, 90 anos depois, temos ainda petróleo, embora a extracção e o consumo tenham vindo a aumentar todos os anos. 

O Petróleo Abiótico (não fóssil) 

De onde veio, no fim de contas, a história de que o petróleo teria surgido de fósseis de organismos vivos e seria, portanto, biótico? O geólogo russo Mikhailo Lomonossov teve esta ideia pela primeira vez em 1757: "o petróleo surge de pequenos corpos de animais e plantas, enclausurados em sedimentos sob alta pressão e temperatura e transformam-se em petróleo após um período inimaginável". Não sabemos que observações o levaram a afirmar isso, simplesmente esta teoria nunca foi confirmada e é aceita sem provas há mais de 200 anos e ensinada nas universidades. 
A teoria da origem do Petróleo como resultado da decomposição de restos de plantas e animais. Porém, nunca foram encontrados fósseis de animais ou plantas nas reservas de petróleo. Esta falta de provas mostra que a teoria do combustível fóssil é unicamente uma crença sem qualquer base científica. Os geólogos que espalham a teoria do combustível fóssil, não apresentaram ainda qualquer prova da transformação de organismos em petróleo. 
Um dos elementos mais presentes sobre a Terra no nosso sistema solar é o carbono. Nós, seres humanos, somos formados em grande parte por carbono, assim como todos os outros seres vivos e plantas do planeta. E em pelo menos 10 planetas e luas de nosso sistema solar foram observadas grandes quantidades de hidrocarbonetos, a base para o petróleo.
A sonda espacial Cassini descobriu, ao passar próximo de Titan, a lua de Saturno, que ela está repleta de hidrocarbonetos líquidos. Mas não havendo lá vida para produzir os hidrocarbonetos, estes devem ser fruto de alguma outra transformação química. Devido à sua particular configuração atómica, o carbono possui a capacidade de formar moléculas complexas e apresenta, entre todos os elementos químicos, a maior complexidade de ligações químicas. 

Daily Telegraph - Lagoas de hidrocarbonetos no planeta Titan 

Aqui na Terra, as placas continentais flutuam sobre uma inimaginável quantidade de hidrocarbonetos. Nas profundezas do manto terrestre surgem, sob determinada temperatura, pressão e condições adequadas, grandes quantidades de hidrocarbonetos. A rocha calcária anorgânica é transformada num processo químico. Os hidrocarbonetos que daí resultam, são mais leves que as camadas de solo e rocha sedimentares, e por isso sobem pelas fendas da Terra e acumulam-se sob camadas impermeáveis da crosta terrestre. 
O magma quente é o fornecedor de energia para este fenómeno geológico. O resultado dá pelo nome de petróleo abiótico, porque não surgiu a partir da decomposição de formas biológicas de vida, mas antes por um processo químico no interior da Terra. E este processo acontece ininterruptamente. O petróleo é produzido continuamente. 

Eis alguns dos argumentos mais relevantes que comprovam que o petróleo é de origem abiótica (não fóssil): 

- O petróleo é extraído de grandes profundidades, ultrapassando os 13 km. Isso contradiz totalmente a tese dos fósseis, pois os restos dos seres vivos marinhos nunca chegaram a tais profundidades e a temperatura (elevadíssima) teria destruído todo o material orgânico. 
- As reservas de petróleo, que deveriam estar vazias desde os anos 70, voltam a encher-se novamente por si mesmas. O petróleo fóssil não pode explicar este fenómeno. Só pode ser explicado pela produção incessante de petróleo abiótico no interior da Terra. 
- A quantidade de petróleo extraída nos últimos 100 anos supera a quantidade de petróleo que poderia ter sido formado através da biomassa. Nunca existiu material vegetal e animal suficiente para ser transformado em tanto petróleo. Somente um processo de fabricação de hidrocarbonetos no interior da Terra pode explicar esta quantidade gigantesca. 
- Quando observamos as grandes reservas de petróleo no mundo é notório que elas surgem onde as placas tectónicas estão em contacto umas com as outras ou se deslocam. Nestas regiões existem inúmeras fendas, um indício de que o petróleo provém do interior da Terra e migra vagarosamente através das aberturas para a superfície. 

Placas Tectónicas 

- Em laboratório foram criadas condições semelhantes àquelas que predominam nas profundezas do planeta. Foi possível produzir metano, etano e propano. Estas experiências provam que os hidrocarbonetos podem formar-se no interior da Terra através de simples reacções anorgânicas - e não pela decomposição de organismos mortos, como é geralmente aceite. 
- O petróleo não pode ter 500 milhões de anos e permanecer tão "fresco" no solo até hoje. As longas moléculas de carbono ter-se-iam decomposto. O petróleo que utilizamos é recente, caso contrário já se teria volatilizado há muito tempo. Isto contradiz o aparecimento do petróleo fóssil, mas comprova a teoria do petróleo abiótico. Em 1970, os russos começaram a perfurar poços a grandes profundidades, ultrapassando os 13.000 metros. Desde então, as grandes petrolíferas russas, incluindo a Iukos, perfuraram mais de 310 poços e extraem de lá petróleo. No último ano, a Rússia ultrapassou a extracção do maior produtor mundial, a Arábia Saudita.
Os russos dominam a complexa técnica de perfuração profunda há mais de 30 anos e exploram inesgotáveis reservas de petróleo das profundezas na Terra. Este facto é ignorado pelo Ocidente. Os russos provaram ser totalmente falsa a explicação dos geólogos ocidentais de que o petróleo seria o fruto de material orgânico decomposto. 
Nos anos 40 e 50, os especialistas russos descobriram, para sua surpresa, que as reservas petrolíferas se reenchiam por si próprias e por baixo. Chegaram à conclusão que o petróleo é produzido nas profundezas da Terra e emigra para cima, onde se acumula. Puderam comprovar isso através das perfurações profundas. 
Entretanto, nos anos 90, a Rússia estava de tal modo à frente do Ocidente na tecnologia de perfuração profunda, que Wall Street e os bancos Rockfeller e Rothschild forneceram dinheiro a Michail Chodorkowski com a missão de comprar a empresa Iukos por 309 milhões de dólares, a fim de obter o know-how da perfuração a grande profundidade. 

Michail Chodorkowski mandado prender por Putin 

Pode-se agora perceber por que é que o presidente Vladimir Putin fez regressar a Iukos e outras petrolíferas novamente para mãos russas. Isso era decisivo economicamente para a Rússia, e Putin expulsou e prendeu alguns oligarcas russos. 
Entretanto, os chamados "cientistas", os lobistas, os jornalistas a soldo e os políticos querem que acreditemos que o fim do petróleo está a chegar, porque supostamente a produção já atingiu o seu pico e agora está a decrescer. Naturalmente, a intenção é criar um clima que justifique o alto preço do petróleo e com isso obter lucros gigantescos. 
Sabe-se agora que o petróleo pode ser explorado praticamente em toda a parte, desde que se esteja disposto a investir nos altos custos de uma perfuração profunda. Qualquer país se pode tornar independente em matéria de energia. Simplesmente, os donos das petrolíferas querem países dependentes e que paguem caro pelo petróleo importado. 
A afirmação de que existe um máximo na extracção de petróleo é, de facto, um golpe e uma mentira da elite global. Trata-se de construir uma escassez e um encarecimento artificial. Tudo se resume a negócios, lucro, poder e controle. 
Aliás, é absolutamente claro para todos que o Iraque foi invadido por causa do petróleo. Somente, não foi para extrair o petróleo, mas, pelo contrário, para evitar que o petróleo iraquiano inundasse o mercado e os preços caíssem. Antes da guerra, o Iraque extraía seis milhões de barris por dia, e hoje não chega a dois milhões. A diferença foi retirada do mercado. Saddam Hussein ameaçou extrair quantidades enormes de petróleo e inundar o mercado.
Tal significou a sua sentença de morte, e por esse motivo o Iraque foi atacado e Saddam enforcado. Agora os EUA têm lá tropas permanentemente. Ninguém tem licença para explorar o petróleo do país com a segunda maior reserva petrolífera do mundo. Por isso, o Irão, com a terceira maior reserva petrolífera do mundo, é agora também ameaçado por querer construir «armas de destruição massiva». 

Soldado americano junto aos campos petrolíferos de Rumaylah no Iraque.

Sempre a aprender camaradas...

Tempo ao tempo

Sejamos pragmáticos e não demagogos!
Comparar Passos Coelho a Sócrates só por desonestidade intelectual.
Os pedidos de Passos Coelho para que fosse feita uma auditoria exaustiva às contas do Estado e a menção de "esqueletos no armário" provocou uma tremenda indignação por parte dos pró ceres socialistas, que falavam em "contas transparentes".
A transparência vai-se descobrindo aos poucos - buraco atrás de buraco.
Chegámos ao ponto de quase não termos dinheiro para salários e despesas correntes. O Estado gastou alegremente o que não tinha, caucionado pela maioria dos portugueses. Coitadinhos, ingénuos que nós fomos! E agora quem está a limpar a porcaria que os outros deixaram é que é desonesto e mentiroso!
Tenhamos juízo e encaremos a verdadeira situação do país!
E os que fazem críticas que apontem soluções!
Casa onde não há pão... 

A. Alves

domingo, 23 de outubro de 2011

Um imprevisto previsível

Imaginar as dores que causa na sua passagem atraves do rim da ureter e uretra 
Não sei se aquando do nosso encontro em Alcobaça vos tinha dito que indesejavelmente passei a ser proprietário duma pedreira algures nas minhas vias urinárias, ou antes nos meus rins para ser mais conciso?
Tenho a mania e ousadia de pensar que o caruncho não vai entrar assim de qualquer maneira no cabedal cá do rapaz… redondamente enganado! Oh se estava!?
Armei-me em carapau de corrida ou de potro folgazão, se quiserem, e vai de pegar numa picareta e arrancar à ganância uns arbustos tipo silva (sem espinhos) que tinha por detrás da casa entre o terraço e o muro/vedação de estrema, debaixo de um calor quase tórrido (que o nosso agradabilíssimo e generoso Setembro nos vai presenteando), causando-me uma transpiração depauperante a qual se fazia sentir, mais ainda, toda a vez que a pica ia abaixo!
O corpo a dizer-me:
 - Bebe água para te hidratares rapaz, e eu, obediente como só um bom “fuzo” o sabe ser, tragava-a forte e feio a todo o momento! Se tragava!
Nem mais! Este imbróglio impróprio para um jovem de 68 aninhos vai foçar as pedras que, como numa enxurrada sejam deslocadas a toda força rins abaixo que só Deus e quem as tem é que sabe as dores inerentes a tal maleita.
E eu sei-o, porque dolorosamente foi esta a apoquentação do terceiro episódio que vou gramando nos últimos dez anos.
Sou por natureza contra os medicamentos convencionais os quais combatem ou antes supressão os sintomas com a agravante de intoxicarem o nosso corpinho, com a nocividade ainda de muitos efeitos negativos secundários.
Contudo, não tive outra hipótese ao ter ido ao médico, de aceitar de bom agrado os 8 medicamentos receitados incluindo supositórios que cá o senhor doutor de trás rejeitou de imediato.
As dores continuavam de rachar! Bebi líquidos de toda a espécie, andei, saltitei, dancei e corri; tentando sempre o máximo de trepidação para obrigar as “coriscas” (à Agostinho Maduro) a se deslocarem do uréter para a bexiga. No chuveiro fazia exercícios de toda a espécie, também, debaixo dum jacto forte de água bem quente a incidir sobre a área dorida e, nada.
Chamo o médico no dia seguinte à noite a contar o fracasso, perguntou-me se estava a usar os supositórios e como o meu doutor é fino, disse que não, que os rejeitava.
- É pena, diz ele, mas venha cá que eu dou-lhe uma injecção e leva mais uns medicamentos. Tantos como: só mais 4, e haja saúde que remédios não faltam.
Claro, tudo bem, logo não se morra da cura porque da doença que traz a morte ninguém escapa.
Durante a noite, senti que a pedra causadora da cólica se deslocou para a bexiga suprimindo assim a dor de imediato. No entanto não sei o que se passa porque nunca notei ter esta passado na uretra, por isso penso que nunca a mijei, falando bem e...   
   - Agora tudo bem, pensarão vocês.
- Ah, ah, ‘querias’, devagar aí, porque não vos disse ainda que no primeiro dia da visita médica fui à “ Leiria downtown” sacar uma ‘ecografia’ que escarrapacha nas chapas: tantas como 14 no total…! E esta hein?
Brevemente cá neste ‘há cá nada’ vão ser partidas, raios me partam, com raios de lazer e mandá-las às malvas porque ninguém as quer comprar.
Eis a digníssima razão porque a minha disposição habita agora na rua da amargura das pedras da praça da pedreira.
Por agora, de lamúria vai chegando.
Tenho dito.