Por Artur, Leiria (15683)
Nota minha: Mais uma peripécia, que escrevi há tempos, a qual trago do blogue da CN2F, para que os frequentadores do meu blogue pessoal - Fuzileiros Aventureiros - possam apreciar e, como já foi há bastante tempo, penso que não irá saturar. Claro que além dum toque mágico, também lhe limpei o pó.
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Certo dia, eu e o SARGE (como os tropas americanos chamam aos sargentos), comparsa duma outra caçada inserida já numa listagem anterior, o tal Artífice Condutor de Máquinas, dicidimos ir à caça de qualquer coisa que aparecesse e que desse para comer.
Porém, como a sorte daquele dia pertencia àquele santo que vocês, Filhos da Escola, já conhecem: “o São Nunca”, e, para que o santo não levasse a sua avante, reparamos que havia pousada numa árvore, uma enorme águia pesqueira, das muitas que havia por ali. Todavia, o bom do SARGE que, já várias vezes tinha dito que não queria morrer sem comer águia, não está com meias medidas e manda-lhe um estoiro. A águia cai, anda por ali aos trambolhões, por fim fica quieta com o bico aberto e garras viradas para nós, então é o Leiria a envolver-se também no crime acabando de vez com o sofrimento do bicho.
Pegamos nele/a e lá fomos direitinhos à Capitania. O SARGE, que não se calava, lembro-me de me dizer:
- Oh Leiria, estes bichos não se comem porque as pessoas ainda não criaram o hábito de as comer, vai ver que isto vai ser uma delícia!
Eu, nas minhas dúvidas, lá fui com ele bem caladinho mas apreensivo por ter que ir comer carne duma ave predadora, só para não desmanchar prazeres…
Pedimos ao cozinheiro que, com a nossa ajuda, fizesse o tal pitéu, bem ambicionado pelo Sargento...
Nem queiram saber camaradas! O gosto estava bom! Se estava! Mas só para se lamber, porque a carne rija como corno, só uma hiena dava ali um jeitão a tragá-la!
Este Sargento era um espectáculo! Belos tempos! Belos tempos! Que vividamente me fazem relembrar tão saudosa vivência!
Porém, pergunto-me hoje – o que será feito deste sargento que também era dos bons?
Etiquetas: Caçadas
2 comentários:
Não comeram mas cheiraram. Ficou a experiência.
O Sorja era mesmo convencido ou já estaria apanhado do clima?
Longe estavamos de imaginat que passados todos estes anos estas gratas recordações hoje aind nos dão mais gozo.
Mesmo que se por hipotese o Sorja já estiver a fazer tijolo, esteja onde estiver deve sentir-se feliz por o teres recordado.
Tudo de bom e bim apetite.
Ainda bem que essa matança já aconteceu á muito, senão ainda iam ter problemas, pois o animal em questão é Ave protegida pelo Glorioso, e agora ainda mais por que a famosa Vitória lá se foi com o seu tratador Espanhol.
Um abraço
Virgílio
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