segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A minha homenagem

Sem sombra de dúvida este retornado octogenário continua a ser um português, como outrora eles eram; aguerrido, corajoso, sem medo e sem papas na língua! Heróis destes precisam-se...


Não há dúvida! O paraíso dos parasitas que vivem à custa do trabalho, do sacrifício e do suor dos outros, encontra-se aqui. Aqui neste solo pátrio de Camões, de Fernão de Magalhães, de Vasco da Gama, de Pedro Alvares Cabral e de tantos outros, que deram a sua vida por Portugal e não pelo lucro fácil, pelo vil metal, que tantas fortunas tem feito com subornos, branqueamento de capitais, trapaças de toda a ordem que não dizem nada bem de políticos e de alguns industriais e capitalistas portugueses. E o que é de mais vergonhoso é que se trata de nomes sonantes da nossa praça, que ninguém nem mesmo o diabo, profetizaria que isso acontecesse. É só ler os periódicos, os diários e os blogues, em que são apontados. A diferença entre os portugueses de antanho e os da época em que estamos, é que os homens eram tão honrados, que muitas vezes empenhavam as próprias barbas e íam de burel ao pescoço para que se junto do seu Rei fosse feita Justiça. E os seus actos, que nada tinham a ver com a desonra de se locupletarem com dinheiros públicos ou com a fazenda alheia, eram admirados pelo desassombro e pela honradez da sua estirpe, que os veículavam para a Justiça que impunham a si próprios e aos seus antepassados. Claro, mas isso era outra gente. Gente que em pequenos barcos e em mares tempestuosos deram a conhecer novos mundos ao Mundo. Com valor, com honra, com créditos firmados na sua valentia, e na força da sua Fé. Tenho grande admiração por esses Homens, especialmente porque eram honestos, especialmente porque se não vendiam, especialmente porque honraram a sua Pátria honrando-se a si mesmos com os seus actos e forma de estar na vida. Dir-me-ão que eram outros tempos. Dir-me-ão que eram outros homens, dir-me-ão que eram sobretudo amigos e admiradores do seu Rei e do seu Povo, que eram patriotas e não vassalos da hipocrisia, da corrupção, do dinheiro fácil, da devassidão e da deshonra. É, eu acredito em tudo isso, que eram isso mesmo. Homens com H grande, que fizeram este País do Minho a Timor, ao contrário dos farrapos humanos de hoje, que desfizeram e continuam a desfazer Portugal e o que é de mais grave é que o fazem à sombra da democracia que apregoam como símbolo de uma bandeira, que considero já gasta e rota e que eu não gostaria de sublinhar. Se o faço é com um profundo desgosto. O desgosto de ver o meu País e o seu Povo a afundarem-se nas mãos de quem o não sabe amar.

José de Viseu

2 comentários:

Valdemar Marinheiro disse...

Um artigo fabuloso e que retrata fielmente uma pura realidade.
Para quem como nós vimos do tempo em que um simples aperto de mão selava um negócio e que era escruplosamente cumprido por amabas as partes- Não se tratava em escritura, ele tinha mais valor escritural.
Um senão.
A bandeira nacional nunca estará rota nem esfarrapada, porque ela representa o seu povo e no nosso caso concreto honra-se de representar esses verdadeiros heróis a que justamente o autor do artigo lhe faz referência.
Representa também e muito bem os muitos milhares ou milhões de portugueses incorruptos. Certamente que se podessem ser banidos esses parasitas a que o autor faz e muito bem referência e essa responsabilidade e autoridade fosse da nossa bandeira, desde há muito que esses filhos desnaturados teriam sido banidos.
Não pretendo criar aqui qualquer polémica. Simplesmente nunca esquecerei aquele inesuecivel dia numa tarde em Santo António do Zaire = Angola: citando o exemplo da Bandeira e juntamente com outros camaradas da Marinha, fomos muito provávelmente poupados às balas que seriam assassinas da FNLA por nos recusarmos a fazer continência à Bandeira desse movimento.
Honro-me de ser Lusitano e de ter como Bandeira esta Nobre Bandeira que não tem o mnímo de culpa desse bando parisitário, que assola o nosso País e prolifera nas altas esferas.
Parabéns ao Autor adorei o artigo.
Quando se luta às vezes perde-se.
Quando não se luta perde-se sempre.
O QUE NÃO SABE É UM IMBÉCIL, O QUE SE CALA É UM CRIMINOSO.

Observador disse...

Um artigo muito lúcido, de uma Pessoa que como nós não gosta de ver o seu País entregue a essa corja de ladrões e corruptos, o problema é como tirá-los de lá, não vai ser tarefa fácil, está tudo armadilhado.
Um abraço
Virgílio