EFEITOS DA EROSÃO NA FIGUEIRA DA FOZ
O estudo que José Nunes André está a concluir, sobre os efeitos doprolongamento do molhe norte da Figueira da Foz – sustentado na monitorização que está a ser efetuada através de perfis topográficos transversais de praia, realizados em 20 locais, entre Buarcos e S. Pedro de Moel –, confirma que o areal urbano figueirense está a aumentar.
Por seu lado, nas praias a sul está a ocorrer erosão. O investigador lembra que situação idêntica já tinha ocorrido com a construção, na década de 60 do século XX, dos molhes iniciais.
Versão completa na edição impressa de 2 de fevereiro do DIÁRIO AS BEIRAS
Nota minha. Em
referência ao artigo do Querido em cima, eis o meu desabafo:
Aqui, apetece-me falar mal e tresloucadamente… mas não o faço
porque tenho ainda muita vergonha na cara. Então estes cabeçudos inteligentes,
e, não sei que mais - engenheiros hidráulicos ou cientistas como se cognominam - andam a devassar os tão maravilhosos areais das tão belas praias portuguesas sem
se aperceberem da ignorância que os domina. Ou então serei eu ignorante em discernir
o que irei desenvolver. Então vejamos:
Há muitos anos atrás, vou até à praia da Costa da Caparica e
noto que aquela praia extensíssima que nos anos 60 tinha; hoje não passa de
pequenas parcelas de arreia encurraladas entre paredões/barras, como lhe chamam.
Vou a praias da minha área (zona centro) e revejo a ‘Costa’
nelas…! Porca desgraça!
É mais do que sabido que as correntes principais do nosso Atlântico
são, entre outras mais pequenas, essencialmente duas, a do Atlântico Norte que
corre num movimento giratório, no sentido dos ponteiros do relógio, por isso, de
norte para sul na zona costeira de Portugal, enquanto na parte sul é retrógrado o seu movimento, aquele que,
com a ajuda dos ventos elísios (trade winds) empurrou tantas vezes os nossos
marinheiros às terras do Brasil muito antes de o Cabral ter nascido, só que
este teve a sorte, a graça e a honra, do registo na história como descobridor, mas aí cantarão outras
histórias…!
A terra-mãe com os seus milhões de anos de separação dos continentes,
onde o Oceano Atlântico Norte com as suas marés e correntes vai arrastando a
areia de norte para sul, grão a grão num movimento incessante, que de imediato
outro grão como se de uma sentinela se tratasse o irá render e assim será até ao
fim dos tempos… (!?)
Os senhores
iluminados mas, sem luz que os guie, impingem/pregam com essas barras/paredões
mar dentro por razões descabidas que não sei nem quero saber. Onde, palavras eloquentes
(à politico) mas sem substância foram certamente usadas para convencer os
incautos, (os outros que não conheço), que não passam certamente de parolos de
trazer por casa, porque caíram que nem patos bravos!
Intercede por nós, Santa Engrácia, porque eles não sabem o
que fazem! O tal grãozinho que vai marcando passo - passo-a-passo - praia abaixo há
milhões de anos sem tugir nem mugir, encontra uma “men-made” muralha pela
frente e aí, o pobre tem mesmo que parar, estagnar, morrer sem que no entanto
ganhe bafio ou cheire mal, porque o Oh2 do ‘mar mãe’ jamais o abandonará de suas
batidas suaves mas generosas repletas de amor maternal.
Mas logo, mesmo ali, no outro lado do paredão os ‘parceiros’,
sem que nada possam fazer, estão a passar pelo mesmo dilema ao terem sido arrastados
até à parte norte da barra mais a sul e sem outros grãozinhos para os render, porque a barra antecedente os impede, para assim
poderem render os outros que também já foram, estando mesmo ali, ou talvez lá, mais abaixo, parados na outra barra… estagnados… esperando...
Eis os desígnios da saga da areia na sua essência, desde os tempos
primórdios da sua criação à sua infinda missão… deixem-na rejuvenescer para que
se torne resplandecente…!
Acabem com a mixórdia dos paredões...
Deixem que a mãe-natureza
se espreguice…! Ela sabe mais…!
Acabem com a mixórdia dos paredões...
Coloquem um sorriso
embriagado de alegria na cara dos amantes da praia, a qual ainda vai sendo uma
dádiva gratuita que a ‘mãe natura’ lhes vai ofertando…!
Acabem com a mixórdia dos paredões...
Deixai que a alegria do
pobre pelo mar e praia, possa suplantar a tristeza resultante da má
governação!
Basta! Acabem com mixórdia dos paredões de vez...!
Por favor, basta!
2 comentários:
DESABAFO DE ARTUR (LEIRIA)
Acabem com os paredões,
Por favor basta.
Senhores aldrabões
A areia na praia faz falta.
Engenheiros de escritório,
Que os mares não entendem
Escrevem a penas relatório
Só os ordenados pretendem.
Assim vai este Portugal,
Dos marinheiros, poetas e doutores
Só na história ficou Cabral
Para os outros sobraram dissabores.
Tua prosa transformada poema,
Versando de verdade
Bem escolhido o tema
É, a pura realidade.
Bom fim de semana para ti, e para tua família. amigo Artur (Leiria).
Um abraço
Eduardo
Muita boa gente Figueirense, protestou,barafustou e sei lá mais o quê, imprensa, blogosfera, mas ninguém nos ouve porque os interesses comerciais falam mais alto, era necessário criar condições de navegação a navios de grande porte e os homens ingenhocas quando metem umas palas de lado só têm visão para a frente esquecendo-se da "Mãe"Natureza
e é assim desta maneira selvagem que (O mundo pula e avança).
No dia 24 vai aí um abraço meu, se o portador se esquecer, puxa-lhe uma orelha!
O meu abraço amigo Artur
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