quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Na sua vivência - Canadá ao vivo...

Numa das rotinas do meu dia-a-dia, e numa manhã fria mas solarenga, disparei pela surra, sem que os passageiros se apercebessem, a minha digital para vos obsequiar com um pouco de cor e beleza. Servem para evidenciarem 'os usos e costumes' no que refere ao desenho no campo habitacional nestas gélidas mas hospitaleiras paragens no Ontário, Canadá.

 A foto em cima mostra uma arquitectura das casas, quase como num construir à sorte, onde a palavra granel aqui seria bem aplicada.  Mais condicente com os gostos de hoje, onde a originalidade vai sendo rainha, em que a assimetria domina a simetrismo, talvez com o intuito de quebrar a monotonia do igual, do repetitivo por conseguinte do que é cansativo. Não pensem que estou a propagandear sobre o turismo desta terra, mas somente porque vos quero aliciar, suavizar talvez, os dias famosos, mas receosos certamente, que se aproximam das eleições, onde nas quais traidores vão proliferando! God have mercy. 
      
 Nesta foto pode ver-se mais do mesmo: em que a minha casa é melhor do que a tua, porque não é igual à tua... Por mim, diria que não passa de um bom esquentamento, porque sendo este país o segundo, senão o maior do mundo, bem se vê que o terreno é escasso para que se tenham que construir casas, umas em cima das outras! Porca ganância dos construtores, não haja duvida! Mas como nós somos versáteis nos usos, costumes e na aceitação das coisas, não seriamos doutra forma, não, conhecidos como povo de brandos costumes...

Nestas; tipo "Russian style"; perfiladinhas, bem iguaizinhas com todas as medidas passadas a pente fino, para que no fim se um souber o desenho duma, sabe-o de todas. Assim, ladrão que rouba uma, fica habilitado para as roubar todas. Todavia têm estas a vantagem de apaziguar os ânimos dos seus proprietários, porque acaba-se com competição de se querer mais, melhor e maior, uma vez que são todas mesmo, bem homogéneas.

Vista parcial duma rua que me leva ao meu destino: o término final do 'ir e regressar', 'do vai e vem' dos meus afazeres, que me vão pagando a subsistência tão imprescindível aos mortais deste mundo de abrolhos... mas lindo de verdade!

Contrasta esta, com a forma como se constroem cemitérios nos países latinos, onde se muram para dificultar a fuga dos corpos frios com dois metros de terra em cima, já que roubados podem ser, ao verificar-se que os cemitérios têm portões ou portas, mas de chaves perdidas!?
Aqui nestas terras, onde grassa neve e tudo mais que tresanda, muros não existem mas, cada defunto leva por ordem do costume com uma pedra enorme na cabeça, que de forma alguma não vão voltar não, para dificultar a vida aos vivos que provavelmente os ajudaram a pôr lá em primeiro lugar... mas quem pode dizer que o mundo não é mesmo assim? 
Mais uma, para não destoar das outras ao virar o disco e tocar a mesma. Aposto que mais do mesmo se vai ouvir, mas para mudar o rumo ao barco (conversa), à que bolinar um pouco. Um cunhado meu, que era construtor em Portugal, que o destino quis que nos deixasse aos 52 anos de idade, perguntava com um pouco de ironia; - Então as casas no Canadá fazem-se de madeira!? Claro que lá ia respondendo como melhor sabia, porque de construção e dum lagar de azeite sabia/sei tanto como nada, niente, zilt e ponto final. Lembro-me de dizer que essas eram perguntas que milhares de portugueses de cá, que trabalham nelas, poderiam responder melhor, e ao que parece gostam tanto que as fazem iguais em Portugal. Notar porém, que só fazem o esqueleto, e com madeira apropriada, e, o exterior é forrado a tijolo ou outros produtos resistentes às intempéries árcticas. 

O limpa para brisas que se vê, tem o intuito de dizer que, quem fala assim não mente... embora barato mas puro. Por falar em barato, podem chamar-me fala-barato que não afino, o que eu quero é que a malta esteja com um e com todos, como Deus quer: como Ele está no meio de nós e em nós. Vamos animar, porque os portugueses desta vez, vão votar com a cabeça, porque de botas cardadas já vai chegando, e, eu cá me vou entretendo nas minhas voltinhas, tentando captar, tipo Virgílio, o repórter da cidade, com a minha objectiva, coisas lindas para vos oferecer... tudo dito!

That is all folks

5 comentários:

Edum@nes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edum@nes disse...

Andas a fazer concorrência ao Virgílio?
Com a tua objectiva, vais fotografando,
Com tanta neve, o frio, até, será delirio?
Pelas ruas de Ontário-Canadá vais andando.

Amigo, Artur, obrigado por nos dares a
conhcer, através destas fantásticas
imagens, a localidade onde resides
aí no Canadá.
Um abraço
Eduardo.

Valdemar disse...

O estilo de casas parece-me ser igual aos dos EUA... Embora um pouco diferentes penso que aqui se utiliza o mesmo processo de construção: armacão de madeira e revestida a tijolo... Há porém uma minoria, geralmente europeus, que as prefere "de double brick and flat roof".
Valdemar Alves

Unknown disse...

Olá Valdemar!
No que concerne à construção, mesmo a nível mundial, nada mais é novidade olhando a que, com a indústria do turismo e a Net em particular, com a acessibilidade a milhões de fotos a novidade dissipa-se.
As casas cá e na América hoje, ao contrário do antigamente, são construídas com o mesmo design, os memos materiais e a mesma técnica. O uso da madeira é fundamental para, que no intervalo e espessura se coloquem os materiais de isolamento, tais como: aquecimento, canalização, fios eléctricos e acústicos entre outros… A madeira, devido aos aquecimentos no inverno praticamente é indestrutível pelo tempo!
Quanto à arquitectura “the sky is the limit” logo haja uma ideia, é assunto resolvido! O que sempre me impressionou foi o nascimento dos bairros que mais parece uma sementeira de cogumelos, que ao regressar de 3 ou 4 semanas, na altura mais notável, de férias de Portugal, proliferavam estes por todo lado, o que vai acontecendo ainda hoje!
Impressionantes ainda mais, porque estas são postas no ar, talvez uns 90% pelas mãos dos nossos paisanos portugas!
Um abraço!

António Querido disse...

Bonitas fotos, mas eu prefiro aqui o nosso sol!
Apesar de já ter calcado neve em França!
A construção é identica à Francesa, nas 1ªs fotos o que me parece é que não existe fiscalização camarária e o índice de contrução é ao geito dos empreiteiros, só não se esqueceram dos passeios, o que aqui acontece com frequência!
Agora os cemitérios, não constroem muros e não há necessidade porque coitados dos mortos, com pedras desse tamanho não fogem mesmo!