quarta-feira, 14 de julho de 2010

Maleitas que me assolam – ouvidos nariz e garganta

Ao falar-vos desta trilogia, leva-me a pensar que com uma só pedra se apanharão três passarinhos, o que provavelmente o otorrinolaringologista diria a mesma coisa, quanto mais não seja, vai apanhando assim, o valor dos três duma só vez.

Começando pelos meus ouvidos - penso que os problemas não são existentes, contudo a minha parceira de longa data, quando não lhe respondo, não perdoa ao dizer-me que muitas vezes faço ouvidos de mercador, ou então que não ouço mesmo nada do que não me convêm, porque só consigo ouvir aquilo que é da minha conveniência… Não sei se isto é defeito meu ou feitio, por isso o que devia fazer era ir consultar um senhor destes, de nome muito comprido, para ver se o defeito é do cu ou das calças.
– “Estás a ver”, digo eu à parceira, “eu ouço muito bem só que, como sabes, tenho uma mente muito activa, desculpa lá; penso em muitas coisas ao mesmo tempo, sabes, e agora com os meus colegas da tropa nem queiras saber, anda mesmo a 100 à hora!”
Mas na verdade ela tem toda a razão, porque sou um distraído de levar nas orelhas, só que fica feio dar agora num jovem destes. Contudo, ainda há homens com sorte, não há?!
Mas ao que parece os meus tímpanos estão operacionais o que não é nada mau para um menino com 66,5 aninhos primaveris!

Nariz?! - Nem queiram saber, tenho cá uma penca arrebitada de se lhe tirar o chapéu… de tal maneira que, se não for eu, o primeiro a falar de algum cheiro esquisito que haja pelo ar, a minha colega vai dizer que tenho que ir ao mesmo médico dos "três passarinhos" porque devo realmente estar doente…
Vezes sem conta, perguntei às minhas alunas da condução, coisas tais, como: - “Então minha senhora, pelo cheirinho… o Gomes Sá estava mesmo bom, não estava?” Elas iam: - “Como é que o senhor sabe?” Lá pensariam que o homem era mesmo bruxo com certeza, uma vez que não acertava só no prato do bacalhau acabado de cozinhar mas no prato específico dos 365 pratos diferentes da nossa vasta ementa da culinária do fiel amigo!
Não estou a exagerar não, amigos. Duas coisas excelentes que teria no reino dos canídeos, caso fosse pertence da espécie, era um faro à ‘Beagle’, que não haveria coelho que escapasse… e talento na guarda dos haveres do meu mestre; merecedores de vénia e rancho melhorado, porque ao dormir conseguir-se passar só pelas brasas com um olho no gato e outro nas filhoses, são talentos muito próprios cá do escola, o que não é para todos, mas, não desanimem porque faço parte ainda desta aldeia macaca dos humanóides… e ainda bem, carago…!

Ah! Quanto à garganta do “gorgomilo” e do gregório! - São sinónimos inventados, dos quais terei mais a desenvolver:
Tive um interregno de quase sessenta anos sem ter que chamar pelo Gregório até que em 2007 tive uma gripe ou coisa parecida, que inesperadamente, como mangueira de bombeiro reguei tudo o que estava à minha frente, incluindo roupa e sapatos que não escaparam! Foi a causadora inesperada duma absoluta limpeza tide estomacal e dos aparatos já descritos da periferia…!
Era surpreendente, quando o meu filho de uns 2 anos, hoje homem de 42, todas as noites à mesma hora, levantava-se no berço e vomitava, também tipo bombeiro, que era de meter dó!
O médico de família, ao consultá-lo, concluiu que devido às amígdalas infeccionadas, as quais lhe provocavam febre e, como o leite é reconhecido pelo corpo como alimento, que requer uma digestão como se fosse sólido, então era o organismo auto-defendendo-se rejeitando-o, exigindo assim que, a interveniência dum especialista foi requerida.
Sou eu a levá-lo a um especialista, o tal com o nome muito grande, que vivia mais das operações que ia vendendo, do que das consultas normais. Então não é que, sem mais nem menos, prega-me uma lição tipo "venda  da banha", tão assustadora sobre a garganta, amígdalas e suas congéneres que me deixou apreensivo! Caio na inocência de queixar-me da minha, e ao mostrar-lha… foi bisturi, sem dó nem piedade, na extirpação destas; nos dois poucos dias depois! Mais tarde; para não degenerar, lá vai a filha também… uma alegria…! Faz lembrar o "rebola o pai, rebola mãe, eu também sou da família também quero rebolar…"
Todavia, se fosse hoje, outro galo cantaria. Teria ido consultar a bendita NET; lia e relia todos os prós e contras sobre o assunto, e depois concluiria qual a melhor opção a prosseguir.
Comprei a explicação que me vendeu, que nem pato, ao dizer-me – “Apesar da perfeição do corpo humano, há dois erros biológicos! Primeiro; as amígdalas que se não forem saudáveis, e, porque não têm razão de existir: devem ser extirpadas. Segundo; a apêndice que foi um engano genético; não deve escapar à mesma sorte.”
Como pode ser isso? - Nós somos o produto final duma evolução genética com mais de oito milhões de anos, a qual continuará em mutação para atingir ainda uma maior perfeição, caso os cálculos matemáticos claro, em todos os parâmetros da ciência e tecnologia nas experiências do homem dêem certo… assim Deus o permita.
Desde que me conheço, arrasto uma pigarreia crónica, talvez de reacção alérgica, no gorgomilo que se evidencia mais quando existe excitação nervosa ou ingiro produtos ou líquidos tais como café ou leite… Fui, certamente, recalcado a papel químico do “blueprint” genético do meu pai! Sou pois a sua cópia numa perfeição máxima!
Não posso no entanto, deixar de dizer que todos estes meus impasses, Graças ao Criador, não são de carácter maléfico de me perigar a vida, por isso reconheço a Sua Infinita Bondade.

Thanks be to God!

1 comentário:

Valdemar Marinheiro disse...

Pelo que se percebe está tudo nas perfeições.
Quanto ao ouvir isso é defeito do fabrico feminino.
Por vezes estã em conversas tão distantes de nós e de repente lembra-se de perguntar. Como não temos resposta ou não se estava com atênção o culpa é sempre dos ouvidos.
Quanto ao ao cheiro e a partir daí à conclusão que chegas deve ser para ti sempre melhor o cheiro que o aperitivo quando está a ser comido.
Pela garganta:_ Deduz-se que ainda temos fadista.
ILucidativo o artigo.
Parabéns