Dia da Raça
Finalmente levantou-se uma voz, a do Dr. António Barreto, em discurso proferido esta manhã nas comemorações do Dia de Portugal, interrogando-se e interrogando os poderes públicos, porque razão tem andado esquecidos os nossos veteranos de guerra, os nossos combatentes, os nossos bravos militares que se bateram em três frentes de combate no Ultramar? E presentemente até além fronteiras por uma guerra que não é nossa, mas que com bravura representam o País.
Finalmente levantou-se uma voz, para perorar os políticos deste tempo que chegou a hora de se lhes fazer Justiça!
Justiça que tarda, justiça que se lhes deve, justiça em os considerar cidadãos de primeira classe, e não cidadãos de segunda. Nem uma palavra do primeiro magistrado da Nação. Nem um segundo de atenção para um discurso que merece a especial atenção de todos nós e muito especialmente dos políticos que pelos vistos apenas se interessam por nos repetir que os tempos estão maus, que todos nós temos que fazer ainda mais sacrifícios, continuando porém a mentir, em peripécias camufladas de uma verdade que está longe de o ser. Estiveram sempre desinteressados dos nossos problemas, dos interesses dos regressados do Ultramar, que tanto lutaram por uma vida melhor e que como paga tiveram o mesmo abandono. Nós, tal como os Veteranos, fomos sempre mal compreendidos por políticos que não merecem o nosso respeito nem a nossa boa vontade. Eu quereria enviar daqui ao Dr. António Barreto os meus sinceros cumprimentos por se ter lembrado dos nossos soldados, dos nossos veteranos num discurso todo ele virado para a Justiça dos seus anseios e para lembrar que combateram por Portugal Eterno, pela Pátria de Camões, das Comunidades a que eu acrescentaria também os escorraçados portugueses que hoje esperam tal como aqueles que Justiça lhes seja conferida.
É isso. Esperemos que essa Justiça se faça com a máxima urgência.
José de Viseu
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