quinta-feira, 13 de maio de 2010

Paraísos fiscais!

Fuga ao fisco...

Nota minha.: Adoro os artigos deste Senhor, octogenário, José de Viseu! Impressionante como vive na pele o descalabro político-económico que a nossa adorada Pátria vai atravessando. Tivéssemos mais gente desta têmpera, a ditosa Pátria, como uma águia voaria mais alto, numa outra altruística e patriótica dimensão… Bem-haja!
Inserido podem ver as famosas ilhas do Cayman, onde encontrei quando de férias, o banco BCP Millenium, para tratar das negociatas "Offshore" que, se vão processando em muitos lugares como este para se fugir ao fisco, como o artigo no faz compreender.
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Nos chamados "Offshores" ou mais propriamente nos paraísos fiscais em que muita gente para fugir ao Fisco, transfere os seus proventos, o seu capital, a riqueza que se pretende esconder das autoridades que tem a seu cargo a recolha de receitas para o erário público, os quantitativos são de tal maneira importantes, que dariam para que o défice público que ultrapassa os 8 por cento descesse rapidamente para os 2 ou 3 pontos percentuais, tirando assim ao Governo as grandes dificuldades financeiras em que neste momento está envolvido e melhor vida para todos os portugueses.
Nos vários órgãos de informação que se debruçam sobre este assunto, são apontadas empresas, particulares, e o próprio Estado, como sendo os principais canalizadores de capitais que são transferidos com toda a facilidade para os tais paraísos fiscais que de um modo geral se situam fora do país. Estive a ler com toda a atenção aonde se situam e quais os capitais que cada um destes paraísos tem depositados, oriundos de Portugal. Isto é de proveniência mais ou menos ilegal e possivelmente outros que o não serão tanto. O jornal Expresso define esses locais e até indica quais os montantes depositados. Desde as Ilhas Caimão, Bermudas, Bahamas, Panamá, Ilhas Virgens Britânicas, Antilhas Holandesas, Gibraltar, Jersey, Guernsey, Chipre, Seiychelles até Hong Kong, todos tem capitais nacionais, fugidos ao Fisco e que importam num total de cerca de quatro biliões e seiscentos milhões de Euros. Um montante de arrasar qualquer economista que se queira debruçar sobre este assunto. Uma verdadeira razia nos cofres da Nação, nos Bancos e no Erário Público. Tive o cuidado, para não me enganar de fazer bem as contas. E creio que não estou enganado.
O governo de Sua Ex.ª o Sr. Pinto de Sousa que está às portas de um descalabro que nem mesmo a visita do Papa Bento XVI fará escamotear e sendo sua intenção, mais uma vez, de onerar a magra bolsa dos funcionários públicos e da população em geral, cortando-lhes o 13º mês, o subsídio de Natal e aumentando o IVA, para os 23%, e ao que se sabe mais algum outro imposto para nos pôr a todos a pedir esmola. O povo português vai para o Terreiro do Paço, em Lisboa, para a Praça da Liberdade no Porto e para Fátima, ouvir Sua Santidade celebrar missa, entre cânticos de louvor a Deus, e certamente pedir ao Redentor misericórdia para os povos da terra e seus dirigentes, esquecendo que aqui em Portugal quem precisa de misericórdia e de uma portentosa clemência, são os novos pobres que este governo está a fomentar a troco de promessas balofas e discursos bravateiros de mentira.
Os biliões de Euros que são exportados por maus portugueses, que já deviam estar na cadeia e pelo próprio Estado, deveriam ser objecto de um rigoroso e urgente inquérito e os seus proprietários julgados por sonegarem ao Povo Português, o direito a uma vida mais consentânea com os motivos que levaram os capitães de Abril a fazer a Revolução. Afinal não serviu para nada terem feito uma Revolução que deu nesta farsa que este Portugal de Hoje está a sofrer. Paraísos Fiscais para ricos, os pobres cada vez mais pobres e governados pela incompetência e pela ingratidão.

José de Viseu

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