sexta-feira, 11 de março de 2011

A verdade do Facebook

Infelizmente as coisas boas
 que uns fazem, outros aproveitam
 para fazer o mal.

Esta semana na televisão houve reportagem todos os dias com Joaquín López Dóriga (jornalista mexicano) sobre o Facebook, o Hi5, Myspace, Sonico, Netlog, etc, e o perigo do seu uso. Vem uma reportagem diária no jornal MILENIO, sobre como os sequestradores têm como fonte de informação directa e confiável nos blogs do Facebook e do Hi5.
Entrevistaram uns sequestradores que dizem que entram na rede e vêm os rostos, a casa, os carros, as fotos de viagem e sabem o nível social e económico que têm os utilizadores. Na televisão, um deles declarou que antes investigavam muito para conhecer os candidatos a sequestros, mas que agora com o Facebook e a informação que pomos voluntariamente na rede, já não se enganam e nem têm que investigar onde vivem, que escolas frequentam, para onde viajam, quem são os pais, irmãos e amigos.
Passou-se com Alejandro Marti, (jovem mexicano morto pelos seus sequestradores) que colocava tudo. A família acaba de fechar o seu blog depois de dar conta da quantidade de informação potencialmente perigosa que o jovem colocou com alegria e sem suspeitar que estava a ajudar a quem o matou. Protejam os vossos filhos e protejam-se. Não coloquem informação íntima e pessoal na rede.

A VERDADE SOBRE O 'FACEBOOK'

O Facebook está a vender a informação dos seus usuários ao maior espião.
Cito textualmente: 'O que muitos usuários não sabem é que, de acordo com as condições do contrato que virtualmente assumem, ao fazer click no quadro "aceito", os usuários autorizam e consentem ao Facebook a propriedade exclusiva e perpétua de toda a informação e imagens que publicam.'
Assim, ressalta o perito, os membros 'automaticamente autorizam ao Facebook o uso vitalício e transferível, junto com os direitos de distribuição, de tudo o que colocam na sua página Web.' Os termos de uso reserva ao Facebook o direito a conceder e sub-licenciar todo o "Conteúdo do usuário" a outros propósitos. Sem o seu consentimento, muitos usuários convertem as suas fotografias em publicidade, transformando um comércio privado num pertence público.
De repente tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas fotografias pessoais, a sua tendência política, o estado das suas relações afectivas, interesses individuais e até a morada de casa, foi enviado sem autorização expressa a milhares de usuários.
Há que acreditar em Mr. Melber quando assegura que muitos empregadores americanos ao avaliar os C.V., consultam o Facebook para conhecer intimidades dos candidatos. A prova de que uma página no Facebook não é privada, evidenciou-se num conhecido caso da Universidade John Brown que expulsou um estudante quando descobriu uma foto que colocou no Facebook vestido de travesti. Outra evidência aconteceu quando um agente do Serviço Secreto visitou na Universidade de Oklahoma o estudante do segundo ano Saúl Martínez, por um comentário que publicou contra o presidente. E para cúmulo, o assunto não termina quando os usuários cancelam a sua conta: as suas fotos e informação permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reactivar a sua conta; o usuário não é retirado, inclusive, quando morre. De acordo com as 'condições de uso,' os membros não podem obrigar que o Facebook retire os dados e imagens dos seus dados, já que quando o falecido aceitou o contrato virtual, concedeu ao Facebook o direito de mantê-lo activo sob um status especial de partilha por um período de tempo determinado para permitir que outros usuários possam publicar e observar comentários sobre o defunto.
Saibam os usuários do Facebook que são participantes indefesos de um cenário que os académicos qualificam como o caso de espionagem maior na história da humanidade. Convertem-se de forma inconsciente nos precursores no fenómeno de 'Big Brother'. Alusão directa à intromissão abusiva do estado nos assuntos privados do cidadão comum para controlar o seu comportamento social, tema de uma novela profundamente premonitória escrita em 1932 pelo britânico Aldous Huxley: "Um Mundo Feliz" ("1984").

Nota minha: Este é um assunto sério do qual vou tendo conhecimento a algum tempo a esta parte.


5 comentários:

Tintinaine disse...

Eu também aderi ao Facebook e reconheço que dá um certo jeito a possibilidade de contacto diário com familiares e amigos que de outro modo passaríamos a não ver nem ouvir durante anos.
Um aniversário aqui, um recado ali e assim se vai levando a vida sem pensar nos espertalhões que de tudo se aproveitam para, à custa de incautos e inocentes, governarem a sua própria vidinha.
Já pensei em riscar-me da dita rede social, mas reconheço que me faria falta. Num caso destes o que há a fazer é ir com calma e muito cuidado. Tal e qual como no namoro, para não engravidar a menina...!

Valdemar disse...

O facebook devia chamar-se "facegossip" usado e abusado por uma grande maioria e bisbilhotado por uma minoria... Aliás tudo o que se escreve aqui na net (incluindo este meu comentário) está ao dispor não só de gente honesta como também de vigaristas... Mas nos dias de hoje nem o que deitamos no lixo é livre de risco, tendo surgido por aqui casos de roubos de identidade em que até os extractos de contas bancárias encontrados no caixote foram aproveitados para roubarem os incautos... E já agora para quem me lê sou o ex:Fuzileiro Vol. 1766/68, apanhei uma data de bebedêiras na Rua do Crime, detesto a estúpida política do Governo Português e o abuso dos direitos humanos aqui na Austrália... Áh! Já me esquecia SOU DO SPORTING!
Valdemar Alves

Observador disse...

Nem de propósito, a minha Filha esteve aqui em casa há pouco, e a contar-me que terá alertado o Irmão e meu Filho, para o facto dos Sobrinhos terem páginas no Facebook, o mais novo destes meus Netos tem apenas seis anos, mas por causa dos jogos também lá está, e de facto em especial nestas idades a coisa pode ser insegura.
Um abraço
Virgílio

Edum@nes disse...

O facebook, dá para o bem e para o mal, depende das intenções, dos seus utilizadores.
Recentemente, a mãe que não sabia de sua filha desde as cheias da Venezuala, há dez anos. foi agora encontra através de fotografia publicada no facebook. Esta é a parte boa do facebook.

António Querido disse...

Nas partes boas, entro e partilho, nas que desconfio estou sempre com um pé atrás, mesmo assim pode-se escorregar com os dois, quando menores têm acesso a estas coisas, nem mil olhos chegam, porque os miudos sabem muito de novas tecnologias, portanto para eles é fácil despistar os seus encarregados de educação!