What a World!

“Autêntica diarreia de condomínios em Toronto e Vancouver”

O mundo, nos dias de hoje, está complicadíssimo em todas as frentes, com o especial relevo para a frente económica, o que me leva a pensar que os nossos filhos e netos, apesar de toda esta evolução contemporânea, irão encontrar dificuldades tremendas para singrar na vida, pela simples razão de que não pertencemos à elite endinheirada portanto privilegiada! 

Li um artigo num jornal da cidade de Toronto, que no momento é a cidade que me vai acolhendo, enfatizando o facto de que se está a atravessar um ‘boom’ que é de fazer tremer qualquer alma decente que ainda respira por este mundo de Deus…! Se é que é Dele ainda?

Vê-se um sem número de gruas de construção a rasgar os céus que envolvem esta cidade que, Nova Iorque no presente necessitaria três vezes mais para estar em paridade com esta cidade canadiana! 

O que mais me impressionou foi o facto de ter lido que todo o excesso neste ‘booming’ se deve a investimento estrangeiro. E este governo que, como todos, só vê o demoníaco "el contado", não considerando a causa e efeito na economia e do inflaccionado custo habitacional, o que certamente constrita o nível de vida dos mais carentes, que ao que parece somos nós todos…

No tempo do Sr. Honesto de Santa Comba, praticava-se o muito seu imprescindível “proteccionismo” entre muitas coisas, certamente, não tão boas, mas isso não é o que está em causa aqui. Constou-se que durante o seu mandato os americanos que viviam na altura em Portugal, convencidíssimos que poderiam usurpar o que quisessem - à maneira americana - que era ter o direito também às praias que precediam as suas propriedades por isso, na sua maneira de ver, eram-lhe estas também pertences. Depois de avisados para removerem as vedações que iam levantando, o que não fizeram; então sem meias medidas o nosso Sr. Honesto Salazar mandou limpar tudo com máquinas niveladoras; dizendo que em Portugal as estradas e praias queriam-se públicas. Remédio santo - aqui o proteccionismo foi mais forte do que o dinheiro! 

Esse proteccionismo nos investimentos com capitais estrangeiros já foi aplicado em vários países muito em especial na Austrália, para que o preço da habitação não disparasse na vertical, empobrecendo desta forma, a vida de todo e qualquer cidadão comum como se vai observando em muitas metrópoles dos países de investimento livre, onde se constata o contraste excessivo entre o rico e o pobre. 

Países, tais como a China, que no momento o seu crescimento económico suplanta muitas economias de alta escala, é que vai tomando essa vantagem noutros países e muito em especial no Canadá. Ora quando isso acontece, é o povo mais tarde ou mais cedo a pagar a conta – porque algo dado jamais será por nada – subentendo-se que o dinheiro entrado é dinheiro dado à economia do país. O que na minha forma de ver, nada mais que falso... 

Voltando ao proteccionismo australiano, onde o efeito demolidor do investimento estrangeiro se fazia sentir, levou a que o governo criasse uma lei em que permitiria investimentos desta natureza só aos residentes o que, de imediato, travou o efeito da inflação na habitação. 

Os governos como não são auto-suficientes, vivem exclusivamente da taxa dos cidadãos, o que os leva a optar pela opção de aumentá-la ou imprimir mais dinheiro ou então a aceitação de capitais alheios. Aqui é que se torna ultra problemático criando uma hiperinflacção que vai de imediato desequilibrar o ciclo duma economia saudável. 

Aqui, os efeitos caóticos poderão conflituar com o sistema político e económico de qualquer nação: o nível de vida baixa; o descontentamento evidencia-se; greves fazer-se-ão sentir; a integração de novas leis de controlo passam a ser o jogo do dia; a obrigatoriedade da inserção da austeridade económica entra em  acção... em suma, é uma pobreza auto criada! Tudo isto como preço a pagar por investimentos de parceiros sem escrúpulos, de outros países, sem terem estes que se importar com as consequências que isso acarrete aos cidadãos do país de acolhimento… 

Vive-se num mundo esganado por dinheiro, que a sua “causa e efeito” causará com que as gerações vindouras terão que pagar pelos erros dos homens de hoje – que somos nós! 

Vive-se num mundo cão que cada vez mais raivoso está, em que a vacina contra a raiva para tal não tem efeito… todo e cada qual é que terá que se vacinar (poupando) para o dia de amanhã...

Pelo que parece a diarreia continua...