Ciência e Investigação
Portugueses lançam nova máquina contra
o cancro da mama, 18/01/2011
Consórcio europeu liderado por portugueses lançou uma nova máquina que pode revolucionar a prevenção e detecção do cancro da mama. Os primeiros protótipos foram instalados em Coimbra e Marselha.
É uma máquina inovadora a nível mundial, acaba com a ineficácia e o desconforto das mamografias, foi concebida por um consórcio internacional liderado por investigadores portugueses e os primeiros dois protótipos já estão instalados na Universidade de Coimbra e no Hospital Universitário de Marselha.
Chama-se Clear PEM Sonic e íntegra pela primeira vez as tecnologias PET (tomografia por emissão de positrões, isto é, exame imagiológico de medicina nuclear) e de ultras sons (eco grafia), o que permite detectar tumores com apenas 1mm ou 2 mm, que estão numa fase inicial, quando o PET clássico não visualiza tumores com menos de 10 mm e tem uma sensibilidade 10 vezes menor.
A taxa de falsos resultados positivos atinge os 60% a 70% nas mamo grafias actuais por raios X ou por eco grafia, com particular incidência nas mulheres mais jovens, o que obriga a fazer biopsias. Por outro lado, o método de diagnóstico mais usado, por raios X, expõe as mulheres a radiações elevadas e é doloroso, por implicar alguma compressão da mama.
Baixa radioactividade
Na Clear PEM Sonic o exame dura apenas cinco minutos, implicando a injecção no sangue da paciente um composto de glicose com baixa radioactividade conhecido por 18-FDG. Como as células cancerígenas consomem mais açúcar, um tumor não maligno não fixa a glicose, o que é identificado pelo detector de radiação do aparelho.
O projecto nasceu no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, através da experiência "Crystal Clear", e é coordenado por João Varela, investigador do CERN, professor do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e presidente da PETsys, empresa criada para desenvolver a nova máquina. Em Coimbra, o protótipo da nova máquina está instalado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), um dos parceiros nacionais do projecto. Os outros incluem a PETsys, centros de investigação das universidades de Coimbra, Porto e Lisboa, o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), o Taguspark e o Hospital Garcia de Orta (Almada).
Além do CERN e do Hospital Universitário de Marselha, os parceiros estrangeiros são a Universidade de Milão e a empresa francesa Supersonic Imagine.
Consórcio europeu liderado por portugueses lançou uma nova máquina que pode revolucionar a prevenção e detecção do cancro da mama. Os primeiros protótipos foram instalados em Coimbra e Marselha.
É uma máquina inovadora a nível mundial, acaba com a ineficácia e o desconforto das mamografias, foi concebida por um consórcio internacional liderado por investigadores portugueses e os primeiros dois protótipos já estão instalados na Universidade de Coimbra e no Hospital Universitário de Marselha.
Chama-se Clear PEM Sonic e íntegra pela primeira vez as tecnologias PET (tomografia por emissão de positrões, isto é, exame imagiológico de medicina nuclear) e de ultras sons (eco grafia), o que permite detectar tumores com apenas 1mm ou 2 mm, que estão numa fase inicial, quando o PET clássico não visualiza tumores com menos de 10 mm e tem uma sensibilidade 10 vezes menor.
A taxa de falsos resultados positivos atinge os 60% a 70% nas mamo grafias actuais por raios X ou por eco grafia, com particular incidência nas mulheres mais jovens, o que obriga a fazer biopsias. Por outro lado, o método de diagnóstico mais usado, por raios X, expõe as mulheres a radiações elevadas e é doloroso, por implicar alguma compressão da mama.
Baixa radioactividade
Na Clear PEM Sonic o exame dura apenas cinco minutos, implicando a injecção no sangue da paciente um composto de glicose com baixa radioactividade conhecido por 18-FDG. Como as células cancerígenas consomem mais açúcar, um tumor não maligno não fixa a glicose, o que é identificado pelo detector de radiação do aparelho.
O projecto nasceu no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, através da experiência "Crystal Clear", e é coordenado por João Varela, investigador do CERN, professor do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e presidente da PETsys, empresa criada para desenvolver a nova máquina. Em Coimbra, o protótipo da nova máquina está instalado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), um dos parceiros nacionais do projecto. Os outros incluem a PETsys, centros de investigação das universidades de Coimbra, Porto e Lisboa, o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), o Taguspark e o Hospital Garcia de Orta (Almada).
Além do CERN e do Hospital Universitário de Marselha, os parceiros estrangeiros são a Universidade de Milão e a empresa francesa Supersonic Imagine.