Vamos a elas, anos belos!... anos belos!... Concerteza que muitos de vós, Escolinhas, se devem lembrar daquele sargento Artífice Condutor de Máquinas da capitania, alto, magrinho, mais ou menos como o Carlos era na altura, só que, caramba, o Carlos era mais bonitão! Este SARGE, (como os americanos dizem) era mesmo maluquinho pela caça! Não quero dizer que o Leiria não o fosse, e é, também... Noites sem conta lá iamos de espingarda às costas, à procura de porcos bravos para as áreas de amanho situadas do outro lado da baía, só que a nossa sorte fazia parte do dia do são nunca. Mais tarde, venho a saber que a razão porque os bicharocos não apareciam era porque o nosso SARGE, era um fumador de primeira, e estes bichos são/eram alérgicos ao fumo mesmo a quilómetros de distância, o que ele de maneira alguma poderia aceitar tal teoria. Todavia, se não fosse a maluquice pela caça, isto teria sido bem/mal de pouca dura... Certa noite, entre muitas, levamos connosco, penso, o Parreira que já estava a ficar também com a doença da caça. Por sinal nessa bendita noite, estava eu e o Sarjolas sentados na borda de um dos lados das palhota, construidas a uns 2 metros do chão, para os naturais secarem e protejer os milhos dos nossos pretendidos bichos, conversando baixinho, gozando o ambiente espiritual do caçador numa noite bela de luar. O outro escola, sentado também, mas na outra face da palhota! Estávamos nós ultra descontraídos, quando se atravessam dois enormes bichos, corricando à nossa frente que, nem sequer tivemos tempo para pegar nas espingardas... Mas o compincha do outro lado da palhota, estava mais do que atento, cheio de entuziasmo pela nova aventura concerteza, manda-lhe dois fugachos que levantaram poeira atrás dos porcos que, se estes falassem, teriam dito: “pernas para que te quero”. Já se vê que, ainda hoje, sempre que me lembro, dá para rir! Direi até, chorar de rir!...
Simplesmente: “Um relembrar vivo duma tão saudosa vivência”...
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