quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fiquei Boquiaberto!





































Por Artur/Leiria
Fiquei boquiaberto! - “ Eh pá, não me digas?!” - “Acredita que é verdade Leiria.” Olho para as pernas dele vejo umas pernas tão magras que se ao acaso tivesse passado por Guimarães éra de esperar o que poderia ter acontecido. - “Então tu correste Portugal de norte a sul?” Perguntei eu. - “Claro pá, não tenhas dúvidas.” Fiquei boquiaberto, - “ sempre a correr?” -“Claro, já te disse.” Neste momento entra a esposa no programa: -“Come, come, I will show you.” Lá vai a senhora com seu sotaque bem à sul-africana casa fora e eu atrás. - “Here, look, look?” Dou-me com medalhas e diplomas na parede a comprovar o que ele estava dizendo… e este repórter de meia-tigela, que nem sequer uma foto tirou, mas que dois sopapos bem merecidos… Volto para a cozinha e a conversa continuou. - “Ainda há mais; quando estive no Canadá envolvi-me numa corrida de Nova York a São Francisco da Califórnia que são uns tantos - não lembro o número que ele disse - milhares de quilómetros” Fiquei boquiaberto! Mais uma vez olho para as pernas, porque estava de calções, e apercebo-me que os gémeos, ou seja os músculos das barrigas das pernas, já os seus sessenta e nove anos vividos, os tinha emoldurado ao ponto de não serem reconhecíveis!
Faz-me recordar o filme “Forest Gum” com Tom Hanks, passado na tropa dos E.U. em que ele faz um papel mais ou menos como o nosso “31” que o sargento lhe baralhou as mãos e depois perguntou-lhe qual era a mão direita e ele respondeu, que não sabia, porque o sargento lhas tinha baralhado… Pois o “Forest”, do filme atravessou a América a correr noite e dia, que nem um desgraçado, sobe os aplausos do povo que, com sucesso, o incitaram a correr como um louco varrido!
Pelo que me apercebo, o nosso herói do Algarve poderia descansar a correr, comer e beber a correr, dormir a correr; necessidades biológicas não porque seria feio e mal cheiroso. Ora ali estava um homem, que se tivesse tido ajuda com o lançamento no mundo do atletismo, o seu talento poderia tê-lo levado muito longe, mesmo com as barrigas das pernas diminutas! Teria sido talvez, o elemento denominador para se ter fundado uma maratona, possivelmente com o nome de “Maratona de Portugal” e esta hoje fazer parte do “Guiness; World Book of Records”!
Para fazer um ponto final neste meu pensamento, fiquei boquiaberto uma vez mais, quando ele disse: - “Leiria ainda à mais: aqui nesta terra fizemos uma corrida de 24 horas, onde tive gente sempre a correr ao meu lado, só que eram sempre caras novas porque as outras já se tinham tornado velhas para continuarem, nem um conseguiu acompanhar cá o rapaz, e foram só 24 horas.”
E esta, camaradas?! Não fiquei só boquiaberto, fiquei perplexo, pasmado, espantado, admirado por saber que o SENHOR CAMARADA, JOÃO CAMARADA foi precisamente quem me deixou boquiaberto, perplexo e…

Foto # 1 Filho, Camarada e Florival cabo FZ
Foto # 2 Eu, no meio do casal
Foto # 3 Minha mulher, eu e Camarada

Tonalidades do Planeta Azul!




Por Artur/Leiria
Ora é sabido que o nosso planeta por ter imensa quantidade de água; esta torna-o azul visto do espaço, essa a razão porque é chamado o Planeta Azul. No entanto não deixa de ser rico em outras cores tal como o verde que é a segunda cor predominante no Verão! Contudo ao reparar-se nas cores das fotos em cima, pode ver-se a transformação do verde num emaranhado de cores entre o vermelho e amarelos. Faz isto lembrar a morte do cisne, que antes de morrer executa uma dança semelhante à da conquista da fêmea as quais são por natureza duma graça surpreendente! Aqui o paralelismo do meu pensamento é aplicável à transformação dos verdes das árvores nas lindas cores acima descritas, para logo de seguida morrerem. Este fenómeno acontece no findar do Outono em países nórdicos onde as temperaturas descem bruscamente! Essa a razão porque existe tão bela mas ao mesmo tempo triste transformação por ser sinónimo duma morte que se aproxima. Dentro de poucos dias todas as árvores de folha caduca ficam penosamente despidas. Porém, logo de seguida são vestidas de intensas camadas de neve, parecendo que a mãe natureza quer mostrar que lhes vai tirando com uma mão mas volta a dar-lhe toda a beleza com a outra!
Não quero basear-me na pesquisa para mostrar a ciência por detrás de toda esta transformação. Para isso basta, visitarem este endereço em inglês na NET: http://www.na.fs.fed.us/Spfo/pubs/misc/leaves/leaves.htm o que se torne um pouco monótono para todo aquele que não esteja realmente interessado nesta matéria; mas que é interessante e bonito é. A ultima foto foi tirada da internet.

Congelada no Tempo, no Espaço e no Blogue!...


Por Artur/Leiria
Mais uma cena congelada no tempo, espaço e no blogue. Assim não ireis ter a desculpa em dizerem que não conheceram os elementos da nossa CN2F. Aqui está uma foto tirada na fragata que nos levou de sul ao norte de Moçambique, quando em operações de reconhecimento. Agora é vossa missão descobrir aqueles que por ventura ainda não reconheceram antes. Esta é pois mais uma foto que J. Camarada, me obsequiou como empréstimo, para as ir publicando para vosso entretenimento nas noites longas do inverno que se aproxima… não digam que o J.C. não é ainda um dos nossos, com todos seus belos e bons predicados!
 Obrigado João!

Bem-haja todos!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Coisas Descabidas!


Por Artur/Leiria
Com certeza que muitos de vós camaradas, da passada vivência dos anos quarenta, deve conhecer o madeirense Joe Berardo; uns dos homens mais ricos em Portugal presentemente! Como podem apreciar nas fotos inseridas, demonstrando a extravagância dum homem com dinheiro! Estas são algumas estátuas, entre centenas da arte chinesa, numa quinta que ele tem em Bombarral. Quando pela minha primeira vez a visitei, entrada gratuita, curiosamente perguntei a uma cachopa funcionária na sua loja de vinhos: quem era tal homem para mim misterioso, respondeu-me com esta versão. José Berardo, nascido na madeira nos anos quarenta como nós, com a tropa e a África à sua espera, pediu ao pai para o ajudar na compra dum barco para fugir à tropa em Portugal. O pai concorda e ajuda-o, metendo-se este à sorte por esse mar fora e, ao que parece vai parar à África do Sul. Aí encontra uma mina de ouro abandonada a qual despertando-lhe curiosidade e interesse compra-a por tuta e meia e passa ele a explorá-la. Tem sucesso na sua exploração e com dinheiros adquiridos da dita passou a investi-los em hotéis e acções em grandes companhias a nível mundial. Se estou ou não correcto não sei. Simplesmente passo a palavra que me foi transmitida. Mais ainda, é me dito que, só no transporte das estatuas da China para Portugal o custo foi duma módica quantia de 6 milhões de euros. Não sei se será possível pesquisar algo acerca da vida deste homem na Net mas em todo caso é coisa que pretendo fazer logo tenha tempo e paciência porque acho ser de extraordinária relevância! Direi que valerá a pena dar uma visita à quinta, porque é bom ver tão descabido mas belo empreendimento!

As Fotos Mostram a Cumplicidade!

Por Artur/Leiria
Ora cá estamos nós, os meninos e meninas da terceira onde, como prova evidente de que estivemos bem juntos ao meu casebre no passado mês  de Setembro; sendo as fotos a atestá-lo.
Como se pode ver na segunda foto temos o sargento Vitorino e esposa, o Carlos e a esposa, O Verde e esposa e por fim a minha mulher e eu como é óbvio.
Bem tentei que o Verde, que também vive perto da Vila Euracini do Carlos, aceitasse pernoitar connosco. Contudo, como no blogue anterior do “Meu Casebre”, brincando disse que todos eram bem-vindos; tanto mais mais que o casebre precisava de ser pintado. Então não é, que ele provavelmente com receio de eu não aceitar, rejeitou dizendo que, ia dormir lá para Mira ou coisa parecida, em casa dum cunhado. Bem, desta ele escapou-se, mas para a próxima nem Santo António lhe vai valer…
Na foto de cima temos o bom do SARGE e esposa a ouvir atentamente o senhor proclamador da nossa companhia na sua forma bem expressiva como se denota na imagem!
Desde já quero expressar o meu desejo de que para o ano tudo se repita para vós e todos os outros camaradas que com a nossa auto-ajuda claro, o nosso Bom Deus nos queira preservar.

A Elite dos anos de sessenta!

Por Artur/Leiria
Aqui está a malta da escola de Março de 62! Alinhadinha como mandava a tropa, andem lá, tentem desvendar a vossa carinha. Provavelmente deve ser “mission impossible” mas é sempre caso para se tentar, ou não é? Para se aumentar a foto pode-se fazer 2 “clicks” nela, ou então para quem tem a rodinha no rato, carrega-se na tecla “Ctrl” e corre-se com roda no rato para a frente o que faz aumentar as fotos e texto para o tamanho que se quiser. Como vêm é uma alegria!

Estes Quem São?

Por Artur/Leiria
Alguém dissera, quando não há cão caça-se com gato. Ora como não tenho muitas fotos onde não esteja eu, terei que enviar estas. Provavelmente vocês dirão: o homem é mesmo caprichoso… será isso? Se calhar… pelo menos na altura éramos jovens cheios de vontade para a vida! Hoje, só Deus sabe de todos, e cada qual sabe de si? Vamos ver se algum de vós também quer ser caprichoso. Se por acaso alguém tiver coragem para sair da casca, é só mandá-las ao timoneiro, que ele encarrega-se de as publicar, já que vocês têm acanhamento de se envolverem como co-autores. Pois o homem dos livros está mesmo juntinho a vós pronto para vos levar pela mão… garantido! Olhem que o nosso homem está precisando de alento e eu também. Vamos a isso rapazes.

O Grande Camarada – João Camarada!

Por Artur/Leiria
Esta foto foi-me dada pelo João Camarada, quando estive em casa dele em Vila Real de Santo António, nas minhas férias. Agora terei que me dar ao trabalho de a enviar de volta como prometi. Não vou dizer quem são os briosos Fuzos porque certamente sabereis. No entanto penso ser impossível dizer-se onde esta foto foi tirada. Poderia ser em Metangula, ou até em Lourenço Marques, num dia de serviço no Comando Naval, ou até, quem sabe, na própria Radionaval. Mas o que importa é trazê-la até aqui para a vossa apreciação. Tenho mais fotos com o João para publicar mas tem que se esticar a tinta para que a coisa vá dando para mais uns tempos.

Uma Historia Curiosa!


 
 Por Artur/Leiria
Melhor tarde do que nunca, sou eu a agradecer e, ao mesmo tempo, pedir desculpa a este meu colega de escola e de ginásio. Graças ao seu avanço no conhecimento da grande metrópole de Lisboa e de Moçambique, sou eu na altura das aspirações à carreira da marinha, a pedir-lhe se me dava uma ajuda na descoberta do Alfeite, no qual era requerida a minha presença pelo mero facto de que o meu pedido de ingressar nesta tinha sido deferido. Lá fomos comboio fora, depois da sua afirmativa concordância ao meu pedido. Quarenta e oito anos depois, ao juntarmo-nos na nossa santa terra das origens vai à baila esta minha pergunta; “Zé lembras-te de me teres levado ao Corpo de Marinheiros, quando fui para a marinha?”
Lembro”, respondeu, “Sabes que nunca te agradeci nem te pedi desculpa por nunca o ter feito?” “isso não importa pá”, é ele a retorquir, “desapareceste para ires dar o corpo ao manifesto, ficando eu à tua espera mas nunca mais te vi! Mas quando chegou a hora do “comes” lá fui com a malta que ali estava direito ao refeitório onde fui servido como se fosse da Marinha.” Claro que fiquei admirado com toda a sua clarividência!
O Zé Vieira, uns meses mais novo do que eu, nasceu na mesma terra, Vidigal, Leiria. Lembro-me de ter brincado com ele quando miúdos entre os 5 e 7 anos de idade. Mais tarde o Zé desapareceu sem que eu tivesse dado por isso. Anos depois na altura de se frequentar a escola secundária, o Zé aparece sem mais nem menos, entabulamos uma conversa de curiosidade e ficamos “amigos para sempre”. O Zé, um excelente e aplicado estudante onde o resultado foi visto ao formar-se em Engenharia. O Artur que tirou o curso do: “Passeio de Livros do Curso Industrial”, ficou encravado entre a vontade e o desejo! Contudo, como ordem do destino, ou paga que lhe valha do insucesso, o Artur também vai indo!
Na primeira foto à civil sou eu, nas minhas férias à Metrópole, com o Zé acertando agulhas das ocorrências comuns entrementes não vividas, ele como estudante, eu como marujo das agruras de Moçambique, a sua terra madrasta.
Nesta altura, sou bem sabedor de que o nosso Zé tinha desaparecido para Lourenço Marques na sua meninice, voltou, vivemos e revivemos a mocidade.
Mais tarde viemo-nos a reencontrar em Moçambique na Machava, onde um dia fomos à pesca sobre uma ponte, como se pode ver na foto em cima, sobre a mesma, com as canas, como sentinelas ao vento à espera do que mordia, se morderam ou não, não me lembro…
Na foto ao lado, onde está o pai do Zé e eu, está por detrás um madeirense amigo da família, que curiosamente conseguia pregar um prego enorme numa grossa tábua duma só vez com a mão! Sim com a mão, sem usar martelo!
O pai do Zé, o senhor Vieira, que já não está connosco, fez lá vida de sucesso que infelizmente se desmoronou com a perda das Províncias a favor da política dos russos e cubanos.
Nestas últimas férias a Portugal, estive de corrida com o Zé, no nosso lugar de nascença e disse-lhe que tínhamos este blogue e que iria escrever algo sobre passagens das nossas vivencias, pedi-lhe que nos aliciasse com um pouco do que se lembrasse ainda das nossas peripécias vividas. Vamos ver até que ponto o Zé Vieira vai chegar, sobre este pedido que lhe faço o qual desde já, terei que agradecer em avanço… porque 48 anos são muitos anos…

Com um abraço amigo;

Obrigado Zé!

Era uma vez um jardineiro!

Por Artur/Leiria
Aqui podem ver o pupilo Leiria, o jardineiro do Sargento Vitorino! Foi ele a lembrar-me aquando do meu encontro com ele este ano, 2009, nas minhas férias num restaurante ao sabor duma bacalhoada e que era costume dizer-me: “Leiria, você vai tomar conta do jardim, apare as sebes por detrás da caserna, está bem?” Lógico, que para mim o que ele dissesse ou pedisse estava sempre bem. Uma das vezes para lá fui escalado como se fosse uma brincadeira, com o escola Rodrigues, 15986, que foi desta vez, penso, que tirou esta foto cá ao jardineiro como prova desta incumbida tarefa. Quase que poderia apostar que o meu colega da jardinagem do dia, terá também fotos inerentes a esta passagem dos demandes da escala por intermédio do nosso “Belo Sargento” Vitorino.

Marujos Cumpridores!

Por Artur/Leiria
Como esta medíocre foto, mas com belos marujos vos mostra, é pois a nossa ilustre Companhia número 2 de Fuzileiros no aquartelamento da Machava em Moçambique! Não posso precisar se ao acaso já foi publicada, mas como o bom nunca cansa, é sempre bem-vinda para mais uma apreciação vossa da dita companhia. Quero muito ardentemente pedir-vos a vossa envolvência em descobrir os elementos participantes reconhecíveis nesta formatura; muito em especial o que se evidencia fardado de verão, o qual me parece ser o Pintado. Será? E os outros? Vamos lá, sejam bonzinhos para que o alento prevaleça…

O Belo Sargento!


Por Artur/Leiria
Chamar-lhe sargento Vitorino não é fazer-lhe justiça, porque afinal, foi este senhor, por seu livre desejo, passado à reserva com a patente de Primeiro-Tenente. Descontente, porque a idade não lhe permitia acesso ao oficialato superior; mas contente porque aos 52 dois anos de idade era senhor dele mesmo; feliz e contente por poder retornar à sua vida das origens. Pinheiros, sua terra de adopção, por conveniência de matrimónio; bem perto da sua natal; de nome Barosa.

Nos meus escassos dias para convivências, tive o privilégio de me associar num restaurante vizinho com o casal, aí conversamos amenamente sobre o tempo de marinha. Reconfirmo mais uma vez que, é homem de convicções e princípios, com um senso forte acerca do que esta lógico e moralmente correcto.

Vive ainda o sangue do comando a que ele se regozija de ter sido um dos bons, com o seu carinho e respeito para os seus subalternos e não só. Aqui sou eu mais uma vez a concordar, ou não fosse eu conhecedor de seu carácter… homem vivido de vida, onde se evidencia o conhecimento desta, com os seus impasses, problemas e, tudo o que de bom ela nos partilha.

Vive quase, paredes meias, com sua filha e filho, casados, que bem junto os soube manter, ou não fosse a sua digna e bem latente apreciação pela conservação do agregado familiar.

Homem que me marcou; grato lhe fico para sempre, pela oportunidade que me dá em o ter como um verdadeiro amigo!

Oxalá o 2010 nos traga as mesmas venturas do 2009, que ainda se faz sentir, para mais uma vez nos abraçarmos…

Bem-haja Tenente Vitorino!